A Promotoria de Justiça de Pirassununga, no interior de São Paulo, obteve a condenação de um homem que engravidou a própria enteada menor de 14 anos, forneceu medicamento para que a jovem abortasse e matou e escondeu o feto, nascido com vida. No Plenário do Júri, o réu foi sentenciado à pena total de 58 anos de prisão. Outro réu, que forneceu o medicamento abortivo, recebeu pena de 11 anos e oito meses.
Segundo o relatado pelo promotor de Justiça Luis Henriquei Rodrigues de Almeida, o padrasto começou a manter relações sexuais com a enteada quando ela tinha 12 anos. Após saber da gravidez da garota, o homem procurou o segundo réu, comprando dele comprimidos de efeito abortivo pelo valor de R$ 800.
Após ingerir os medicamentos, a menina apresentou intenso sangramento, e acabou dando à luz a um bebê do sexo masculino sozinha no banheiro de casa.
Para evitar que os estupros e a gestação da enteada fossem descobertos, o padrasto asfixiou o bebê e escondeu o corpo às margens de uma rodovia. Submetida posteriormente a cirurgia de urgência, a garota acabou perdendo o útero.