Doze policiais militares envolvidos na morte de oito jovens em Paraisópolis foram denunciados por homicídio pela Promotoria de Justiça do I Tribunal do Júri da Capital. Em relação a um décimo-terceiro PM, a denúncia foi por crime de colocar a vida alheia em perigo mediante explosão.
Assinada pelos promotores Neudival Mascarenhas Filho, Luciana André Jordão Dias e Alexandre Rocha Almeida de Moraes, a denúncia faz referência aos fatos ocorridos em 1° de dezembro de 2019 durante a chamada Operação Pancadão, deflagrada pela Polícia Militar durante um baile funk em Paraisópolis.
Na ocasião, os frequentadores da festa foram abordados com violência pelos denunciados, que de várias formas agrediram as vítimas, provocando nelas lesões que resultaram em morte.
Ainda de acordo com a denúncia, os PMs agrediram os presentes com golpes de cassetete, garrafas, bastões de ferro e gás de pimenta. Um dos policiais lançou um morteiro contra a multidão.
Além da condenação, o MPSP requer a fixação de valor mínimo para reparação dos danos materiais e morais causados pelas infrações.
Os PMs que participaram da ação negam ter encurralado os frequentadores do baile funk na viela. Eles alegam que os jovens morreram pisoteados depois que dois criminosos em uma moto, que eram perseguidos pelos agentes, se infiltraram na festa e atiraram na direção dos policiais.
Os suspeitos procurados pelos agentes nunca foram identificados ou presos.