Ele também responde a processo criminal por seu envolvimento em latrocínio em abril de 2017 no maior roubo da história do Paraguai
O Ministério Público de Araçatuba denunciou no último dia 29 o araçatubense Régis Fred de Souza por participação no latrocínio do policial civil André Ferro e também dois latrocínios tentado e incêndio e explosão agravados no dia 16 de outubro de 2017 quando ele e um bando cometeram o maior assalto na história de Araçatuba, contra a empresa de transporte de valores Protege.
Souza também responde a processo criminal por seu envolvimento na prática de roubo seguido de morte (latrocínio) à base da Prosegur, em Ciudad del Leste, em 24 de abril de 2017, o maior roubo da história do Paraguai, além de estar sendo investigado na prática de outros crimes, como o assalto à Caixa Econômica Federal em Bauru, em 2018.
O criminoso é natural de Araçatuba, onde respondeu a processos criminais, inclusive por crime de tráfico de drogas. Depois ele se mudou para Campinas, onde foi condenado por roubo. Ficou foragido durante vários anos na Bolívia. Enquanto estava foragido, fez uso de documentos falsos em nome de três pessoas, Reginaldo da Silva Souza, Assis Rocha Galvão e Reginaldo Herculano de Oliveira. Ele foi preso no dia 9 de março deste ano em São Carlos.
De acordo com o MP, no mesmo processo em que foi denunciado no dia 29, o araçatubense também responde por crime de uso de documento falso, cometido em 15 de outubro de 2017, na estrada de acesso ao “Condomínio Novo Paredão”, onde uma parte dos criminosos que praticou o assalto contra a Protege ficou abrigada, no Distrito de Juritis, no Município de Glicério.
Documento falso
Na ocasião, policiais militares abordaram um automóvel GM Kadet de cor vermelha, onde Souza estava como passageiro e apresentou-se com documento falso em nome de Assis Rocha Galvão. No entanto, durante as investigações foi apurado que o verdadeiro Assis Rocha Galvão havia falecido em 15 de junho de 1969.
No dia 27 de setembro de 2016, o araçatubense compareceu ao Instituto de Identificação Gonçalo Pereira, no posto de identificação civil do Município de Ponta Porã (MS), onde solicitou a expedição de segunda via da cédula de identidade, apresentando certidão de nascimento de Assis Rocha Galvão.
Ele ainda forneceu material papiloscópico e fotografia, a qual foi aposta na respectiva ficha de identificação civil e na correspondente cédula de identidade. Posteriormente ele requereu, no Estado de São Paulo, carteira de habilitação em nome de Assis Galvão Rocha. Em 28 de junho de 2018 foi deflagrada a operação da Polícia Civil “Homem de Ferro”, para cumprimento de mandados de busca domiciliar e de prisão temporária, inclusive deste araçatubense que passou a usar documento falso.
Na Justiça
No dia 27 de agosto de 2018 Promotores de Justiça Criminais de Araçatuba ofereceram denúncia em relação a 15 denunciados porque concorreram para a prática de crimes de latrocínio consumado, de dois latrocínios tentados, de incêndio agravado e de explosão agravado.
Também foi oferecida denúncia em relação a outros três denunciados porque concorreram para a prática de crimes de latrocínio consumado, de dois latrocínios tentados, de incêndio agravado, de explosão agravado e de associação criminosa agravado.
Nos autos principais foi prolatada sentença condenatória em relação a oito denunciados que encontram-se presos, sendo eles Sérgio Manoel Ramos, Edimar Murilo da Silva Maximiano, André Luiz Pereira da França, Ramon Alves Ornelas, Edson Januårio de Souza, Roni Alves de Oliveira, Marco Antônio Rodrigues Antonieto, Wílson Evaristo Franco.
Também foi promulgada sentença absolutória em relação a dois denunciados. William Correa dos Santos Ferreira foi colocado em liberdade e Camila Pereira da Silva continua presa por outra condenação, no caso participação no assalto à empresa Rodoban, em Uberaba (MG).
O processo foi desmembrado e os autos estão conclusos aguardando sentença no caso dos réus Agnaldo Francisco da Silva Pereira e Ânderson Manoel de Souza. Em relação aos réus Rogério Bezerra dos Santos, Roberto Bezerra dos Santos e Luken César Burghi Augusto houve desmembramento do feito e aditamento à denúncia, para adequar a conduta de cada um e para esclarecer o celular utilizado na época dos crimes.
Foi proferida sentença condenatória em relação ao denunciado Roberto Bezerra dos Santos (que se encontra preso). Foi proferida sentença absolutória em relação ao denunciado Rogério Bezerra dos Santos, expedindo-se alvará de soltura em favor do mesmo. Houve desclassificação do crime em relação ao denunciado Luken César Burghi Augusto, também expedindo-se o respectivo alvará de soltura.
Quanto aos denunciados Paulo César de Assis, Edson Vieira da Silva e Cléber Andrade de Oliveira houve a suspensão do processo e a suspensão da prescrição, sendo decretada a prisão preventiva deles.
Cléber Oliveira foi capturado em Votorantim (SP). Foi expedido mandado de citação pessoal. Após a citação o processo voltará a ter andamento em relação a ele. Quanto aos denunciados Edson Vieira da Silva e Paulo César de Assis, o processo continua suspenso, aguardando o cumprimento do mandado de prisão preventiva.
Outras 38 pessoas também foram investigadas no presente feito, mas os elementos colhidos até o momento não permitiram o oferecimento de denúncia em relação a elas. A investigação prossegue em autos apartados em relação a outros indivíduos.