Em apenas 15 dias, Catanduva (SP) registrou 46 mortes de pacientes à espera de leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para tratamento de Covid-19. A informação foi divulgada pela prefeitura na tarde de terça-feira (15).
Todos os moradores que morreram, entre os dias 1 e 15 de junho, estavam internados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que possui apenas vagas transitórias para receber os contaminados pelo coronavírus.
De acordo com Secretaria de Saúde, os dois principais hospitais de Catanduva operam com mais de 100% de ocupação em leitos intensivos, situação que dificulta a transferência de novos pacientes.
Para tentar mudar o cenário da pandemia, o prefeito de Catanduva, Osvaldo de Oliveira Rosa (PSDB), decretou medidas mais restritivas até o dia 29 de junho. Entre elas estão a suspensão do transporte coletivo e a proibição de diversas atividades, incluindo as consideradas essenciais.
Porém, a decisão foi tomada um dia depois de o Ministério Público (MP) ajuizar uma ação de improbidade administrativa para penalizar por não seguir determinações do Comitê de Enfrentamento à Covid-19.
Na manhã de terça-feira, primeiro dia em que o chamado “lockdown” pela Prefeitura de Catanduva entrou em vigor, as ruas do município ficaram totalmente vazias.