A estudante de Araçatuba Camila Paoliello Ribeiro, de 24 anos, morreu por “intoxicação exógena por monóxido de carbono” no apartamento 608 do Condomínio Solar Satélite, no Leblon, na Zona Sul do Rio, em 11 de setembro de 2012.
A moça foi encontrada caída dentro do box com o chuveiro ligado no mesmo andar do apartamento 601, onde Mateus Correia Viana e Nathalia Guzzardi Marques, ambos de 30 anos, foram encontrados mortos, em circunstâncias semelhantes, na noite da última terça-feira, dia 22.
Segundo o jornal Extra, as investigações apontam que os três jovens foram vítimas de acidentes domésticos em decorrência de problemas no aquecedor a gás da água que ficava nos banheiros das unidades.
Segundo boletim de ocorrência registrado na época da morte de Camila, um policial militar comunicou ter sido acionado para ir ao condomínio por volta de 8h. Chegando no local, homens do quartel do Corpo de Bombeiros da Gávea informaram que Camila havia sido encontrada desacordada por um amigo paulista, que viera ao Rio passar o fim de semana. Na delegacia, o jovem relatou que, como a estudante demorara no banho, ele decidiu ver o que havia acontecido e a encontrou caída no box, com o chuveiro aberto.
Um laudo complementar do exame de necropsia feito no corpo da jovem concluiu, em 22 de agosto de 2013, que a causa de sua morte foi a intoxicação, por “ação química”. O documento assinado pela perita legista Virgínia Rosa Rodrigues Dias, ao qual o GLOBO teve acesso, atesta a detecção de carboxihemoglobina no sangue acima de 40% – a concentração de gás, o tempo de exposição, a intensidade da atividade física e a própria sensibilidade do indivíduo determinam esse percentual.
Ainda de acordo com reportagem do Jornal Extra, nessa quantidade, os sintomas apresentados vão desde forte dor de cabeça, latejamento das têmporas, fraqueza, tontura, diminuição da visão, náusea, vômito e aceleração da respiração, até o aumento da chance de colapso e síncope.