Policiais Militares do 12° Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) passam a usar os modernos fuzis FN SCAR de calibre 7,62 mm, uma arma usada até em um grupo seleto de países o qual o Brasil passa a fazer parte, com a aquisição deste tipo de armamento pelo governo do Estado. Em Araçatuba os integrantes do Baep estão sendo habilitados nesta quinta e sexta-feira para usar este tipo de armamento.
O fuzil FN SCAR fooi desenvolvido pela fabricante belga FN Herstal e está em uso em várias unidades de operações especiais dos Estados Unidos, como os SEALs, Rangers, Delta Force, Boinas Verdes entre outras.
Na América do Sul, Peru e Chile usam o SCAR em tropas de operações especiais e, a partir deste mês, o Brasil passa a usar, por meio da Polícia Militar do Estado de São Paulo, a fim realizar a prevenção e repressão imediata de ações articuladas pelo crime organizado e facções criminosas, como roubo a estabelecimento de valores e ocorrências de grande vulto.
O 12º Baep foi implantado na região com sede em Araçatuba em julho do ano passado, com investimento de R$ 620 mil entre adequação do espaço, viaturas, equipamentos e infraestrutura tecnológica.
A equipe é integrada por 106 policiais militares e 23 viaturas. Do total de PMs, oito integram o grupamento do Canil, que é composto por 14 cães. Eles são treinados com ênfase no patrulhamento em ações especiais, enquanto força de pronta-resposta em apoio ao policiamento territorial, nas situações que exigem aporte especializado de pessoas e equipamentos.
O comandante do CPI-10, coronel Rodrigo Arena, explica que a instalação do 12º Baep foi muito importante para a região, porque o Batalhão atua em toda a região administrativa de Araçatuba para fazer frente às práticas delitivas complexas, especialmente as de maior repercussão. O Canil, que era ligado a Força Tática, foi incorporado ao novo batalhão.
O patrulhamento tático é realizado com viaturas de grande porte, compostas cada uma com, no mínimo, quatro integrantes devidamente capacitados e treinados sob o comando de oficial, subtenente ou sargento.
As equipes estão aparelhadas com armamentos e equipamentos diferenciados, específicos para atuação em atividades críticas de polícia ostensiva, incluindo ações de controle de multidões, ações antiterrorismo, ações de policiamento com cães, ações de reintegração de posse de grande envergadura, operações especiais realizadas em conjunto ou em apoio às autoridades do Poder Judiciário ou Ministério Público, escoltas armadas de alta periculosidade, apoios às medidas de segurança por ocasião de visitas de Chefes de Estado, controle de rebeliões em estabelecimentos prisionais e combate a delitos perpetrados por organizações criminosas.