A prefeitura de São Paulo anunciou que começará nesta terça-feira uma triagem de passageiros vindos do Maranhão, estado em que a variante indiana do coronavírus já foi identificada.
O plano, traçado após reuniões entre a gestão municipal, o governo do estado, o Ministério da Saúde e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), envolve um controle dos viajantes que chegarem por terra ou por avião.
“As medidas são essenciais no controle da população que chega à cidade de São Paulo, principalmente para evitar a entrada de novas cepas e aumentar o risco de um novo aumento de casos na capital”, justifica a prefeitura em comunicado à imprensa na noite desta segunda-feira.
Desde sábado, o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, acerta com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, um conjunto de novas diretrizes para identificar possíveis casos. Por enquanto, o município não tem nenhum registro dessa nova linhagem do Sars-CoV-2, que foi detectada primeiro na Índia em meio a uma explosão de casos.
No terminal rodoviário do Tietê, haverá, entre as 8h e as 15h, um trabalho de agentes de saúde para identificar passageiros sintomáticos vindos do Maranhão assim que os ônibus pararem. Segundo a prefeitura, os viajantes responderão um questionário e terão a temperatura do corpo checada.
Quem tiver sintomas será levado em uma ambulância da prefeitura até um serviço de pronto-atendimento municipal, onde fará um teste PCR para verificar se está com Covid. A orientação é que essas pessoas façam isolamento até o resultado sair. Para quem não tiver condições de cumprir a quarentena de maneira adequada em outro endereço de São Paulo, a prefeitura afirma que será oferecida uma vaga em um hotel próximo ao terminal do Tietê. Foram separadas 30 vagas para isso, segundo a gestão.
Em caso de confirmação da doença, os demais passageiros do ônibus também podem vir a ser contactados, por meio dos dados pessoais cadastrados na passagem. “A atividade de triagem na verificação da temperatura, busca por sintomáticos respiratórios e cadastro dos ocupantes dos veículos coletivos (ônibus/aviões), será realizado para monitoramento por até 14 dias”, explica, em nota, a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo.
Também serão adotadas medidas nas rodovias, especialmente em postos de pesagem de caminhões. “Será adotada a triagem e orientação dos caminhoneiros com material informativo sobre a doença, maneiras de prevenção, bem como serão também encaminhados os sintomáticos às unidades de saúde para consulta médica e testagem”, escrevem.
Já a prevenção em aeroportos depende de medidas aplicadas pela Anvisa, como destaca a prefeitura. A gestão municipal também disse estar no aguardo de orientações adicionais do Ministério da Saúde para esse pacote de ações. “Ficou pactuado [ em reuniões ] que o Ministério da Saúde, por meio da Anvisa, concluirá um informe técnico orientando como serão realizadas essas estratégias. O município de São Paulo seguirá essas diretrizes”, registram.