O Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE-SP) disponibiliza às escolas estaduais recursos financeiros de forma facilitada e menos burocrática. Os repasses são feitos diretamente às Associações de Pais e Mestres (APM) das unidades para que realizem pequenas reformas, manutenções emergenciais e adquiram equipamentos de forma mais ágil, contribuindo para a melhoria do ambiente escolar e do ensino.
Com a autonomia de escolher o destino e onde será aplicado o dinheiro, as escolas conseguem suprir as suas necessidades mais pontuais e relevantes para a comunidade escolar. Um exemplo dessa utilização focada na particularidade de cada unidade aconteceu em Marília, na Escola Estadual Bento de Abreu Sampaio Vidal, onde foi adquirido uma Ponteira Óptica e um notebook, específicos para o ensino e uso de alunos com deficiências, que precisam de recursos para a escrita.
Dois estudantes da unidade poderão utilizar a Ponteira Óptica que, presa nas alunos, capta sinais oculares dirigidos para o teclado digital ou à tela, transformando-os em dados digitais, reproduzindo a intencionalidade do usuário. Um dos beneficiados é Emanuel Leite Santos, de 8 anos, aluno do 2º ano do ensino fundamental, que possui paralisia cerebral. Toda comunicação é pelo movimento dos olhos. A mãe dele contou que tinha conhecimento sobre o equipamento, mas não imaginava que seria possível a compra pela escola.
“Eu já tinha ouvido falar, por outras mães, que era um equipamento muito bom, mas difícil de conseguir por conta do valor, muitas não conseguiam nem na justiça. Eu não comentei nada na escola pois achei que era algo impossível, eu nunca imaginei que uma escola compraria isso para ele. Em uma reunião, o diretor informou que compraria um aparelho para ele, mas eu não achava que era esse. Quando eu cheguei na escola vi que era este aparelho eu fiquei muito emocionada e muito grata, vai ajudar muito o Emanuel. Tudo que ele fazia eu pegava na mão dele, ele não tinha essa autonomia de fazer as coisas por si mesmo. Com este aparelho ele vai poder falar o que ele quer, o que ele não quer, o que ele está aprendendo, ele vai ter a liberdade de aprender, de errar e acertar”, relatou.
Em 2021, foram mais de 700 milhões distribuídos por meio do PDDE-SP para a escolas. “As Unidades Escolares estão experimentando a autonomia financeira, que pode pôr em prática seu Plano de Aplicação Financeira, com recursos somos efetivamente capazes de implementar uma estrutura para revigorar a prática educacional escolar, cujos benefícios vão repercutir favoravelmente na comunidade”, afirmou o diretor da unidade Antônio dos Reis Lopes Melo.