A lei da oferta e da procura não perdoa. Com a grande demanda na pandemia de Covid-19 por Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) na área da saúde – seja pelo desabastecimento dos hospitais, clínicas, consultórios, laboratórios e do mercado doméstico, assim como pela alta do dólar –, os fabricantes não conseguem manter o ritmo de produção e o resultado é que os preços disparam. Luvas, máscaras, tocas e aventais descartáveis, por exemplo, tiveram acréscimos significativos nos valores.
De acordo com a presidente da Associação de Amparo ao Excepcional Ritinha Prates, de Araçatuba (SP), Vanilda Maria Barboza (Vanda), a caixa de luvas que custava pouco mais de R$ 10,00 no início da pandemia, saltou para mais de R$ 80,00 atualmente. Isso obrigou a entidade a iniciar uma campanha em busca de doações de recursos para comprar o material.
“Estamos gastando cerca de R$ 40 mil todo mês para comprar EPI’s, sendo R$ 36 mil somente em luvas. Estamos fazendo de tudo para mantermos o nível de excelência no nosso serviço, mantendo a proteção dos nossos profissionais e usuários. Para isso, mais uma vez, contamos com a solidariedade da população neste momento”, comenta Vanda.
A executiva lembra que a gestão de custos hospitalares sempre foi um dos maiores desafios para os gestores, sendo preciso elencar e equilibrar custos fixos e variáveis, tanto os que estão ligados diretamente ao atendimento do usuário quanto aqueles atrelados indiretamente ao serviço.
“E se a gestão do custo hospitalar já era complexa, imagine em um cenário volátil e incerto como o da pandemia da Covid-19, que exige nova dinâmica dos gestores para vencer desafios até então imprevistos”, conclui Vanda.