Com o terceiro pior índice de isolamento social do Estado, Araçatuba vive situações de aglomeração em filas de supermercados e avenidas utilizadas para a prática de exercícios físicos. Desde segunda-feira (29), de acordo com o sistema de monitoramento do governo estadual, apenas 36% da população têm cumprido o isolamento.
O índice de Araçatuba só não é inferior ao de Jundiaí, com 34%, e Itapeva, com 27%. Na região, Birigui teve 41% de isolamento social na quarta-feira (31) e Andradina, 42%. Na contramão, está Penápolis, que está em oitavo lugar no ranking do Estado com o maior isolamento. Lá, 52% da população ficaram em casa na quarta-feira. No Estado, era de 53%.
A Prefeitura de Araçatuba estabeleceu, por meio de decreto, que os supermercados permitam a permanência de apenas uma pessoa a cada 40 metros quadrados de loja. Se não há aglomeração dentro das lojas, do lado de fora ocorre exatamente o contrário, em alguns estabelecimentos.
Muitos aproveitaram o feriado antecipado para ir às compras, nesta quinta-feira (1º), quando houve um flagrante de aglomeração no estacionamento de um supermercado localizado no bairro Ipanema, em Araçatuba.
Em uma fila quilométrica, os consumidores aguardavam para entrar no estabelecimento e, apesar de usarem máscaras, muitos não respeitavam o distanciamento social de um metro e meio entre as pessoas.
“A fila era gigante. Muitos se distanciavam colocando o carrinho entre as pessoas, mas tinha gente muito próxima umas das outras”, relatou um consumidor que pediu para não ser identificado.
O mesmo ocorreu em supermercado localizado no Jussara, com a fila dando volta no quarteirão, na noite de quarta-feira (31), quando o isolamento social em Araçatuba também foi de 36%.
Nas avenidas de Araçatuba, muitas pessoas vão fazer exercícios físicos sem máscaras. Isso tem ocorrido na Pompeu de Toledo, na Abraão Buchalla e também na avenida do Delta Park.
Segundo a Prefeitura, os fiscais de posturas e da Vigilância Sanitária estão nas ruas para notificar os supermercados. No entanto, eles não podem impedir o direito de ir e vir das pessoas.