A partir desta Quinta-feira Santa (1º) inicia-se o Tríduo Pascal, período que vai da tarde de quinta-feira até o Domingo da Páscoa (4). Com as restrições sanitárias das autoridades para a prevenção contra a Covid-19, bem como com o decreto episcopal que suspendeu as missas públicas, as paróquias da Diocese de Araçatuba oferecem diversos horários de transmissão das celebrações e outros momentos orantes.
O Tríduo Pascal, período que é consolidado como Páscoa do Senhor, tem em suas celebrações do período a Ceia do Senhor, popularmente chamada de Lava-Pés, a Celebração da Paixão do Senhor e a Vigília Pascal, no Sábado Santo, já avizinhando com a Páscoa do Cristo Ressuscitado.
A missa da Quinta-feira Santa, celebrada entre a tarde e a noite, recorda a instituição da Eucaristia por Cristo e ainda o ato de lava-pés, gesto de humildade e reflexão para a continuidade da missão dos apóstolos. Na Sexta-Feira da Paixão recorda-se a entrega de Cristo até a morte de cruz. É um dia de profundo silêncio e reflexão.
No Sábado Santo (3), também chamado Grande Sábado, se dá uma sequência reflexiva sobre a morte de Cristo e a esperança na ressurreição. Na missa da Vigília Pascal se recorda o fogo novo. Finalmente no Domingo de Páscoa a Igreja comemora a vitória de Jesus sobre as trevas e a salvação do mundo.
O Bispo Diocesano Dom Sergio Krzywy preside as missas do Tríduo Pascal na Catedral Diocesana Nossa Senhora Aparecida. A transmissão das celebrações ocorre pelo Facebook da Catedral.
No Seminário Propedêutico São José, onde vivem os seminaristas diocesanos de todas as turmas de formação, há também uma programação especial para a Semana Santa.
Nesta quinta-feira, às 19h e às 20h, ocorrem respectivamente a Santa Missa da Ceia do Senhor e a Vigília Eucarística; na Sexta-Feira Santa ocorre, às 15h, a Celebração da Paixão e às 20h, a Via-Sacra. No Sábado Santo será celebrada a Missa da Vigília Pascal, às 19h, e no domingo a Santa Missa do Domingo de Páscoa, às 8h.
Redenção
Conforme o vigário-geral da Diocese de Araçatuba e pároco da Paróquia Santo Antônio de Pádua, padre Charles Borg, será mais um ano onde os fiéis estarão em situação preventiva, mas que isso jamais tira a espiritualidade de cada um .
“A Semana Santa será diferente! A saúde do povo de Deus recomenda suprimir as funções litúrgicas nas igrejas. Sem liturgia presencial, sem procissões, sem encenações. Enfim, totalmente fora do padrão a que se está acostumado! Persiste, contudo, a necessidade de celebrar, em clima de oração e devoção, a salvação da humanidade realizada por nosso Senhor Jesus Cristo” afirma Borg.
Conforme ele, o isolamento social não impede que as celebrações aconteçam com a devida piedade no aconchego do lar. “O fato de ser altamente aconselhável evitar aglomerações, mesmo religiosamente inspiradas, em nada diminui a urgência de reverenciar esses mistérios e encontrar maneiras eficazes de torna-los impactantes no presente contexto”, afirma.
Borg ainda salienta que esse período durante a Semana Santa reforça a redenção por meio do amor de Cristo. “Celebra-se a redenção humana. Com sua doação total, Jesus Cristo ensinou que o caminho para recuperar a dignidade humana e derrotar todas as forças más, passa necessariamente por um amor fraterno e generoso. Atiça-se a criatividade, inspirada na fé e na devoção, para que se viva intensamente, em regime de liturgia doméstica, o mistério da redenção da humanidade. Nesta Semana Santa, uma liturgia doméstica”, conclui.