O Estado de São Paulo entra, a partir da próxima segunda-feira (15), na chamada fase emergencial, ainda mais restritiva que a vermelha, para conter o avanço da Covid-19 e evitar o colapso no sistema de saúde. A medida vale até 30 de março e inclui, ainda, o toque de recolher das 20h às 5h.
Com as novas medidas, estão vetados os serviços de retirada em todos os setores, assim como lojas de materiais de construções, celebrações religiosas e atividades esportivas coletivas. O trabalho presencial em escritórios e órgãos públicos também está proibido. Não haverá restrição para o funcionamento de supermercados, farmácias e postos de combustíveis.
Na fase emergencial, também está suspensa a entrega de alimentos e produtos em estabelecimentos comerciais. O drive-thru e o delivery estão liberados para restaurantes e outros estabelecimentos comerciais.
O uso de praias e parques está proibido, assim como qualquer tipo de aglomeração. As escolas estaduais permanecerão abertas, mas a recomendação é que todas as atividades presenciais sejam reduzidas ao mínimo necessário para evitar a circulação de pessoas.
O Centro de Contingência recomendou que as pessoas usem máscaras também em ambientes internos, até mesmo dentro de casa, para evitar a contaminação.
Durante a coletiva de imprensa desta quinta-feira (11), o governador João Doria (PSDB) divulgou um vídeo mostrando hospitais paulistas com leitos de UTI lotados. Segundo o secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, o Estado registra 150 novas internações em leitos de UTI por dia.
“Por mais que aumente o número de leitos, não é tão célere quanto a pandemia”, afirmou, citando a criação de 1.118 novos leitos na última semana.
Hoje, 53 municípios estão com 100% nas taxas de ocupação. Na segunda-feira (8), eram 32 municípios nesta condição. A taxa de ocupação no Estado é de 87,6%. No dia 26 de fevereiro, havia 6.400 pacientes em estado grave internados. Atualmente, são 9.184.
O secretário também citou que, antes, as UTIs eram ocupadas por idosos e portadores de outras doenças. Hoje, 50% da ocupação em muitas Unidades de Tratamento Intensivo são compostas por pessoas com idade abaixo dos 50 anos, o que indica que mais jovens estão sendo comprometidos.
Ainda segundo Gorinchteyn, 2.046 pacientes aguardam a regulação de vagas pelo Cross (Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde), que regula os serviços de saúde e encaminha os pacientes com necessidade de internação para unidades com vagas.