Moradores da rua Graça Aranha, no bairro Nova Iorque, estão sem água há três dias. Desde quinta-feira (25), as torneiras estão secas e eles precisam da ajuda de vizinhos para tomar banho e conseguir água para beber e cozinhar.
O auxiliar de serviços gráficos Marlon Ossada, 33 anos, disse que o problema começou na manhã de quinta-feira. “Nós recebemos a informação da Samar de que havia sido trocada uma válvula e o abastecimento seria normalizado às 17h de sexta-feira (26), o que não aconteceu”.
Ele conta que mora com o filho, a mãe, uma tia e a avó, que por ter idade avançada, tem dificuldades de locomoção. Para tomar banho, a família tem ido à casa de vizinhos. “Estamos numa pandemia, falam pra a gente ficar em casa, mas como a gente faz nesta situação?”, questiona.
Na sexta-feira, ele conta que emendou uma mangueira e pegou um pouco de água dos vizinhos para abastecer a caixa d’água de sua casa. A família está sem lavar roupas há três dias e tem comprado comida fora para não precisar cozinhar.
O mesmo problema ocorre na casa da aposentada Maria Lúcia da Silva, 56 anos. Ela conta que as torneiras amanheceram sem água sem nenhum aviso prévio. “O que tinha na caixa e na geladeira foi o que a gente usou. Entramos em contato com a Samar e nada. E com o isolamento social fica tudo ainda mais difícil”, relata.
Ela mora com a mãe, que é idosa, com suas duas filhas, de 10 e 12 anos, e com uma irmã, que está acamada. “Um dia a gente ainda suporta, mas três dias já é demais”, desabafa.
Maria Lúcia contou que está comprando água para as necessidades básicas da família, mas com o calor, um galão dá apenas para uma tarde. “A gente paga cerca de R$ 150,00 por mês de água, as contas estão todas em dia e a gente ainda recebe este tipo de tratamento?”, questiona.
Outro lado
A Samar informou que na quinta-feira teve um problema semelhante na rua Cainguangues, também no Jardim Nova Iorque, que foi solucionado.
Sobre a rua Graça Aranha, a empresa enviou, neste sábado (27), uma equipe para localizar o que está provocando a falta de água e solucionar o problema que, segundo a Samar, deve ser no registro das residências.