Araçatuba e outros 13 municípios da região estão em situação crítica em relação ao abastecimento de oxigênio para atendimento emergencial de pacientes com suspeita ou diagnóstico confirmado para a Covid-19. Os estoques, segundo levantamento realizado pelo Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS-SP), são suficientes para menos de uma semana.
Assim como Araçatuba, os municípios de Alto Alegre, Andradina, Auriflama, Barbosa, Bilac, Buritama, General Salgado, Guararapes, Itapura, Murutinga do Sul, Nova Independência, Piacatu e Sud Mennucci estão na mesma situação, segundo o COSEMS-SP.
O levantamento foi feito junto aos municípios paulistas entre os dias 22 e 24 de março, e revelou o estado crítico em 177 serviços de saúde, em um total de 115 cidades.
O COSEMS-SP monitora junto às secretarias municipais de Saúde a situação do abastecimento de oxigênio desde o início de março. No estudo atual, o Conselho notou um um aumento de 61 municípios na demanda do insumo.
Araçatuba
A Secretaria Municipal de Saúde confirmou que informou a situação crítica ao COSEMS-SP, para que o órgão possa ajudar o município a solucionar o problema. Em nota, a Secretaria disse que a empresa Triox, responsável por envasamento e distribuição do oxigênio, comunicou a dificuldade de logística para atender a demanda.
Em Araçatuba, a Secretaria de Saúde informou que está articulando a aquisição de uma usina de oxigênio e que, após o levantamento do COSEMS-SP, foi elaborado um documento e encaminhado aos órgãos competentes a nível estadual.
Região
Já os prefeitos de Alto Alegre, Carlinhos Sussumi (MDB), e de Barbosa, Rodrigo Primo Antunes (PSD), se mostraram surpresos com essa divulgação do conselho e disseram que não estão tendo problemas no abastecimento dos cilindros. Segundo eles, há estoque suficiente para atender a demanda e a reposição é feita constantamente.
Levantamento
O levantamento sobre o abastecimento de oxigênio nos municípios feito pelo COSEMS-SP se deu por meio de Enquete Virtual (Google Forms), aos serviços municipais de Saúde, dentre Unidades de Pronto Atendimento (UPA), unidades em geral e serviços fora de hospitais, que nesta situação de pandemia estão consumindo grande quantidade de oxigênio gasoso.
A enquete contou com a pergunta central: Neste momento, qual a capacidade máxima que o respectivo serviço de saúde comporta de atendimento emergencial com suporte de Oxigênio Gasoso para usuários com suspeita (ou confirmados) para COVID19 (em número de usuários)? Foram obtidas 177 respostas até essa quarta-feira (24).