O Prefeito de Araçatuba, Dilador Borges (PSDB), e a secretária municipal de Saúde, Carmem Guariente, realizaram uma articulação junto a órgãos do governo estadual para evitar o desabastecimento de oxigênio no município.
A ação do Executivo Municipal vem em resposta ao comunicado que uma das empresas que fornece oxigênio ao município estaria com estoque baixo e atenderia somente até o final de semana próximo, por dificuldades com nova logística.
Diante deste cenário, as tratativas foram feitas para garantia de continuidade do atendimento aos pacientes internados com Covid-19, que necessitam de oxigênio.
A empresa havia informado à secretária de Saúde, na quarta-feira (24), sobre o possível desabastecimento, considerando a logística do novo local para abastecimento do oxigênio, que até então era em Mogi das Cruzes e Cubatão, onde a cota da empresa já teria sido superada, e passará a ser no estado do Rio de Janeiro, o que implica em uma demora de três a quatro dias para ida e volta, o que gerou o temor por insuficiência das reservas no município.
O prefeito Dilador Borges entrou em contato direto com o vice-governador Rodrigo Garcia (DEM), para pedir provisão de ajuda à situação de emergência na cidade, e a secretária Carmem Guariente solicitou à empresa que oficializasse a situação, encaminhando então o documento ao Ministério da Saúde, através do Conasems – Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde, ao secretário-executivo de Saúde do Estado, Eduardo Ribeiro Adriano, e ao presidente do Cosems-SP, Geraldo Reple.
Carmem confirma ter recebido ligação do secretário-executivo do Estado, que conseguiu um abastecimento extra em Mogi das Cruzes, em uma das empresas, possibilitando retorno imediato para Araçatuba.
“Ganhamos, assim, um fôlego para que possam ir ate o Rio de Janeiro trazer essa cota, evitando assim um desabastecimento”, afirmou a secretária.
Segundo ela, este tipo de situação pode acontecer a qualquer momento, porque depende do consumo, com mais pessoas ficando doentes, além de estar circulando no município uma variante com pessoas em estado muito mais grave, o que demanda o máximo de oxigênio.
“Podemos ter esse alerta novamente. Vamos avaliar dia a dia o consumo e número de pacientes usando, para que a gente vá tomando as decisões, tanto as mais imediatas como agilizar outras soluções que são definitivas”, justifica.
Carmem reforça o pedido de colaboração da população e setores da sociedade para o controle da contaminação pelo coronavírus. “A maior solução, a mais definitiva hoje, é ficar em casa, só sair se necessário, usar máscara, não se aglomerar, manter distância. Não se reúna, não faça visita e não receba visita. Este não é o momento. Se você ama seu familiar, não faça isso. Espere um pouco mais. Isso nos ajuda muito com relação ao consumo de oxigênio”.