A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) anunciou, após a realização de uma assembleia regionalizada virtual, nesta sexta-feira (5), que 91,7% da categoria votou pela greve a partir da próxima segunda (8) em protesto ao retorno das aulas presenciais no estado.
Os professores decidiram permanecer com o trabalho remoto, em decisão que teve o apoio de 81,8% da categoria.
A deputada estadual Professora Bebel (PT), presidente da Apeoesp, afirma que a atitude se trata de uma “greve sanitária em defesa da vida contra a volta às aulas presenciais”. A sindicalista afirma que, diferentemente de outras paralisações, desta vez o foco é a saúde, preservar vidas, tanto de professores quanto de alunos, funcionários e familiares.
“Não há condições para um retorno seguro. As escolas não apresentam a mínima infraestrutura. Recebemos a todo momento fotos e vídeos de professores mostrando banheiros quebrados, lixo acumulado, goteiras, álcool gel vencido. E tudo isso já está causando consequências graves. A Apeoesp fez um levantamento em que constatou até agora 147 casos de covid-19 em escolas. Todas tiveram algum tipo de atividade presencial. Imagine o que vai acontecer quando milhões de estudantes voltarem para as aulas presenciais no estado”, declarou a parlamentar.
Segundo a nota emitida pela Apeoesp em sua página oficial, a entidade vai realizar, durante a próxima semana, uma série de atos e manifestações.
“Queremos dialogar com a população. Teremos carros de som por todo o Estado, campanha de esclarecimento nas redes sociais, rádios e TV, carreata, manifestações regionais. Além disso, iremos às câmaras municipais, conversaremos com prefeitos e realizaremos encontro com professores, pais, mães, estudantes e funcionários, entre outras ações”, complementou. As informações são do portal R7 e Record TV.