A Prefeitura de São Paulo vai contratar cinco mil mães de alunos da rede pública municipal para trabalhar nas escolas como agentes de protocolos de saúde contra o coronavírus.
Elas serão responsáveis por aferir a temperatura dos estudantes na entrada, higienização dos equipamentos de uso coletivos, além de fiscalizar o cumprimento das medidas de distanciamento e uso correto da máscara e do álcool gel.
A proposta ainda está sendo elaborada pela gestão municipal, mas será voltada para mulheres desempregadas. Elas vão receber um salário em torno de R$ 1 mil mensais durante a vigência do contrato, que deverá ser de seis meses.
Segundo a Secretária Municipal de Educação, mas detalhes do projeto serão divulgados nos próximos dias.
A medida tenta melhorar a estrutura das escolas principalmente na questão de segurança contra Covid-19. A rede municipal retomou as atividades presenciais nesta segunda (15).
O retorno foi marcado por muitas críticas da comunidade escolar. Pais relatam o desespero das famílias, a falta de suporte às diretorias das unidades e o descaso da prefeitura na condução do processo.
Em toda a capital, ao menos 530 das 4 mil escolas da rede não reabriram nesta segunda porque não têm funcionários de limpeza – uma empresa terceirizada contratada pela prefeitura abandonou o contrato às vésperas da retomada das aulas.
Outras 50 ainda passam por obras e não puderam reabrir. Questionado sobre o atraso, após 11 meses de pandemia, o secretário municipal da Educação, Fernando Padula, culpou as chuvas e o excesso de burocracia que, segundo ele, atrapalham a administração pública.
Para manter parcialmente o ensino a distância, a prefeitura prometeu entregar 465 mil tablets com chips de internet para os alunos até dezembro do ano passado.
Entretanto, seis meses após a promessa ter sido feita, a Secretaria Municipal de Educação esticou o prazo e agora promete entregar os aparelhos até maio.