As duas filhas de dois e quatro anos, que presenciaram o pai matar a mãe com um tiro na cabeça, nesta sexta-feira (12), em Pereira Barretto (SP), maquiaram o rosto da mãe, já morta, porque, segundo a polícia, disseram que “não queriam ver ela feia”. O crime aconteceu na casa da família após uma discussão entre o homem e a mulher. Depois de assassinar a esposa com um tiro na cabeça, o homem se matou.
De acordo com informações da polícia obtidas pelo sbtinterior.com, as crianças ainda tentaram limpar o local com papel higiênico e água, antes de chamar um tio e contar o que havia acontecido.
A BRIGA
Um primo do homem, que estava na casa, disse que ontem ele, uma amiga e o casal estavam jantando e jogando baralho na noite de quinta-feira (11), quando os dois começaram a discutir e trocaram xingamentos. Após o desentendimento, por volta de 1h30, a mulher foi dormir. O primo levou a amiga embora e, ao retornar, conversou com o homem poucos minutos antes de ir se deitar.
Ontem (12), por volta de 11h, o primo do casal soube do crime pelas filhas dos envolvidos, que bateram na janela do quarto dele e pediram ajuda. Questionado, ele disse que não ouviu nenhum barulho de tiros sendo disparados.
A PM foi acionada pelo rapaz e encontrou os corpos já sem vida no local. A pistola usada no crime, calibre 765, foi apreendida.
HISTÓRICO
De acordo com a delegada da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) da cidade, Carolina Tucunduva da Silva, o homem já tinha histórico violento contra a esposa. “Ele foi preso em flagrante no final de 2019, após esfaquear a esposa e ficou preso alguns meses. Depois, não houve mais ocorrências envolvendo os dois”, disse.
A perícia esteve no local e coletou informações que vão auxiliar na investigação. Os corpos dos dois foram recolhidos e levados para o IML (Instituto Médico Legal) de Andradina. “Agora, será feito exame residuográfico para saber se o homem realmente matou a esposa e depois cometeu suicídio. O inquérito já está em andamento na Polícia Civil”, finalizou a delegada.
As duas filhas do casal foram levadas pelo Conselho Tutelar, que deve analisar quais parentes mais próximos ficarão com as guardas provisórias.