Donos de bares, restaurantes, lojistas de shoppings e do comércio de rua programam uma manifestação em frente à Prefeitura de Araçatuba, às 17h desta sexta-feira (22), contra as novas medidas do Governo de São Paulo, que preveem o fechamento destes estabelecimentos nos finais de semana dos dias 30 e 31 de janeiro e 6 e 7 de fevereiro.
As novas regras, mais restritivas, valem para todo o Estado de São Paulo a partir da próxima semana. A ideia dos organizadores do protesto é chamar a atenção para estas categorias e reivindicar ao prefeito Dilador Borges (PSDB) que intervenha para que estes setores possam funcionar normalmente, até as 22h.
Hoje, na fase laranja do Plano São Paulo, os estabelecimentos estão autorizados a funcionar durante oito horas por dia, até as 20h, com capacidade de 40%. A exceção passou a ser os finais de semana, quando só poderão funcionar os serviços essenciais, como farmácias, supermercados e postos de combustíveis.
Para o proprietário do Joaquin’s Food Park, Sildemar Paulucci, os bares e restaurantes não podem pagar o preço pelo agravamento da pandemia.
“Nós respeitamos as medidas de prevenção e não podemos receber a culpa dos aumentos de Covid-19, que em sua grande maioria são causados por viagens, festas clandestinas e aglomerações sem responsabilidade”, disse, citando, ainda, que a alta no número de casos são reflexos das eleições e das festas de fim de ano.
Conforme ele, o faturamento de sábado e domingo representa 60% de toda a semana. “Esta nova medida do governo vai prejudicar ainda mais nossa categoria, que vem amargando prejuízos desde março do ano passado”. Só no Joaquin’s, segundo ele, cinco estabelecimentos fecharam as portas desde o início da pandemia.
O grupo de comerciantes estará em frente à Prefeitura, às 17h, para, segundo Paulucci, chamar a atenção da população e falar com o prefeito Dilador.
“Não vemos motivos para que Araçatuba fique na fase vermelha nos finais de semana. Houve queda no número de mortes e internações na cidade, por isso não justifica que nós sejamos penalizados”, argumentou.