Funcionários da saúde que trabalham na linha de frente no combate à pandemia de Covid-19 em Birigui, denunciam que a OSS Santa Casa de Misericórdia de Birigui, investigada na Operação Raio-X, ainda não efetuou o pagamento dos vencimentos referentes ao mês de dezembro. Eles não descartam a possibilidade de greve, caso os salários não sejam pagos até a próxima sexta-feira (15).
Segundo a denúncia, funcionários da limpeza, atendentes e técnicos de enfermagem, ainda não receberam seus respectivos vencimentos e foram informados de que não há previsão para tal. Além da falta de pagamento, eles estão insatisfeitos com a falta de comunicação. A OSS administra os serviços no Pronto-socorro do município.
Ainda segundo as informações repassadas aos funcionários, o atraso no pagamento se dá pelo atraso no repasse por parte da Prefeitura de Birigui para a OSS. O município foi questionado pela reportagem, por meio de sua assessoria de imprensa, na tarde dessa terça-feira (12), mas até a publicação desta matéria, às 17h30 desta quarta-feira (13), não houve resposta.
Contrato ativo
Após a realização da Operação Raio X, que prendeu dezenas de pessoas por suspeita de desvio de dinheiro público da área da saúde por meio de contratos com OSSs (Organizações Sociais de Saúde), a Prefeitura de Birigui manteve o repasse de verbas para a Irmandade da Santa Casa de Birigui, que é uma das investigadas.
São repassados, mensalmente, R$ 1.380.000,00 pelo município para a gestão do pronto-socorro e mais R$ 580.250,07 por mês pelo contrato para gerenciamento do PESF (Programa Estratégia Saúde da Família) e do Ambulatório da Saúde da Mulher.
A atual gestão, do prefeito Leandro Maffeis (PSL), foi questionada se este contrato será revisado ou rescindido e também se o município pretende assumir estes serviços, mas não houve resposta.