Na manhã desta quarta-feira (2/12), a Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) segue fazendo buscas na região de Criciúma (SC) após o assalto à agência bancária que chocou o país na noite de segunda-feira (30/11). Até o momento, as investigações indicam que o grupo criminoso seria do interior do estado de São Paulo. As informações são do site ND+.
Em entrevista ao Balanço Geral, o subcomandante Coronel Marcelo Pontes acredita que o bando de assaltantes pode integrar a mesma organização criminosa que comandou um assalto a banco na cidade de Araraquara, no interior de São Paulo, há uma semana.
O delegado Luís Felipe Fuentes da Deic (Diretoria Estadual de Investigações Criminais), informou que a PCSC troca informações com a PCSP (Polícia Civil de São Paulo) sobre os dois casos. Ele disse ainda que há uma série de vertentes trabalhadas pelas equipes de investigação da Deic com o apoio das delegacias de Polícia Civil da região de Criciúma.
Sobre a identidade dos criminosos, Fuentes apontou que “indivíduos que atuam com roubo a banco têm um perfil específico, uma longa carreira no ramo e que se especializam nisso. Às vezes, são independentes de alguma facção criminosa”.
Em relação ao meio de transporte utilizado na fuga após o grupo abandonar os carros em um milharal, o delegado não descarta nenhuma hipótese. “A maior possibilidade de fuga é pela rodovia, em veículos, mas nesse momento não se descarta nada oficialmente. Não há indicativo de outro tipo de fuga”, relata o delegado.
De dentro da agencia bancária, o delegado detalhou como o roubo aconteceu e ressaltou que o descarte de explosivos e equipamentos utilizados na ação dão a dimensão da quantidade de artefatos e acessórios utilizados no crime.
“Vários indivíduos trabalharam dentro da agência. Equipamento foi abandonado, explosivo foi abandonado. Explosões dentro de algumas portas mostram a potência dos artefatos. Foi tudo muito bem calculado, não faltou explosivo, nem destruiu o ambiente. Tudo isso mostra que houve um planejamento”, diz.
O delegado comentou ainda sobre o assalto que ocorreu no Pará, na madrugada desta terça (2), e disse que, por hora, não há relação entre os crimes, embora tenham semelhanças na execução.
“Não podemos nos debruçar, até o momento, em cima desse caso, pode não haver nenhuma correlação. Mas a investigação, tanto lá quanto aqui, pode chegar a pessoas que possam ter trabalhado com planejamento ou financiamento. Mas os executores não os mesmos”, diz.