Uma rave com cerca de três mil jovens acampados em um sítio foi interrompida pela Polícia Militar na manhã deste domingo (6/12) em Sorocaba, interior de São Paulo.
Os frequentadores não usavam máscaras, consumiam bebidas alcoólicas e dançavam ao som de músicas eletrônicas, animados por DJs. Esse tipo de festa, que provoca grande aglomeração de pessoas, está proibido em todo o Estado de São Paulo devido à pandemia do coronavírus.
Desde a última segunda-feira (30/11) Sorocaba regrediu para a fase amarela do Plano São Paulo, de ações contra a pandemia, por ter registrado aumento no número de casos de covid-19. A cidade tem quase 100% de ocupação dos leitos de UTI para pacientes com a doença.
Reportagem publicada neste domingo pelo Estadão mostra que a propagação do coronavírus entre jovens de até 29 anos foi a que mais aumentou entre as faixas etárias desde o início da pandemia. Em junho, esse grupo representavam 20% dos casos positivos e, desde setembro, já acumula 27% do total de infectados.
De acordo com a Polícia Militar, a festa era clandestina. Os organizadores afirmaram terem vendido três mil ingressos. O local do evento fica no bairro de Aparecidinha, zona leste da cidade, ao lado de condomínios residenciais.
A rave começou às 14 horas de sábado e deveria se estender até às 20 horas deste domingo. Ainda na noite de sábado, moradores vizinhos denunciaram o som alto e a aglomeração à Guarda Civil Municipal e à PM.
Policiais militares foram ao local na manhã deste domingo, 6. Os organizadores não apresentaram alvará ou licença para realizar a festa. O evento, divulgado em redes sociais, atraiu jovens de Sorocaba, cidades vizinhas e da região metropolitana de São Paulo.
Os jovens passaram por revista e foram liberados. A PM notificou o setor de fiscalização da prefeitura de Sorocaba para tomar providências com relação à falta de alvará para o evento.