Com a chegada do verão, aumenta a preocupação com a dengue. É uma época do ano com pancadas de chuva seguidas de calorão, uma combinação ideal para a reprodução de um mosquito que ninguém quer por perto: o Aedes aegypti. Por isso, as equipes da Unidade de Vigilância em Zoonoses estão intensificando as ações de combate aos criadouros do mosquito da dengue, que transmite também zika, chikungunya e febre amarela.
De acordo com a Vigilância Epidemiológica, até agora foram registrados 2.350 casos da doença este ano. O número vem caindo se comparado aos casos levantados em 2019, quando 7.879 moradores foram infectados pelo vírus.
Ainda sim, agentes estão fazendo visitas de casa em casa para orientar moradores, mas por conta do novo coronavírus, o procedimento de visitas mudou. Agora, elas são realizadas na área externa dos imóveis de risco, como forma de identificar focos do mosquito e seguir com os protocolos de segurança.
“Mesmo com toda dificuldade das ações de controle devido à pandemia de Covid-19, as ações foram direcionadas e assertivas, o que resultou na diminuição expressiva dos casos. Este ano foram 2.350 casos sem óbitos, o que demonstra que mesmo em meio a pandemia o município está preparado para fornecer assistência de qualidade aos moradores”, explica Talita Carolina Bragança de Oliveira, médica veterinária responsável pelas ações de campo de combate ás endemias.
As ações consistem em orientar os moradores,. A conversa é essencial para reforçar alguns cuidados que resultam no fracasso do mosquito tentar encontrar um local para se reproduzir. Além dos conselhos educativos, arrastões, nebulizações, mutirão de retirada de materiais inservíveis das casas também entram na lista de combate à dengue.
“Devido à Covid-19, as ações precisaram ser adaptadas sem perder a qualidade do trabalho. Então, os Agentes de Combate às Endemias (ACE), além de usarem máscaras, luvas e álcool em gel, mantêm-se a distância dos moradores, fazem a vistoria do peri-domicílio e passam aos moradores as instruções de como proceder com os recipientes que estão dentro de casa”, detalha ela.
Segundo a veterinária, a atenção para deixar o imóvel sem criadouros do mosquito Aedes aegypti precisa ser considerada uma regra das famílias. O momento é para redobrar os cuidados. “Esse trabalho educativo é essencial, porque é dele que vem a sensibilização da comunidade sobre este problema tão importante que é a dengue”. E completa: “Os números vêm caindo expressivamente, mês a mês, mas esse trabalho precisa ser contínuo para que ao eliminarmos os criadouros, o resultado seja impedir a epidemia”.
Picadas de escorpião
Além do combate ao mosquito da dengue, os ACEs também atuam no Programa de Arboviroses (Zika e Chikungunya), o de Escorpiões, Bicho Barbeiro e Leishmaniose Visceral. Este ano foram contabilizados 1.396 acidentes com escorpiões.
A melhor maneira de evitar acidentes é a prevenção. Não há controle químico, ou um inseticida que seja aprovado pelo Ministério da Saúde que comprove a efetividade. Portanto, as medidas mais indicadas são: vedar pequenas frestas, eliminar entulhos e colocar telas protetoras nos ralos.
Em casos de construções ou reformas, em que os materiais estão em uso, é aconselhável mudar o local destes materiais semanalmente, já que os escorpiões preferem estes abrigos. Sem esquecer de verificar roupas de cama e tênis antes do uso e manter camas afastadas das paredes.