Laís Lorena Crepaldi, de 21 anos , e o namorado Jonathan de Andrade Nascimento, 22 anos, foram condenado pela Justiça de Araçatuba a quase 30 anos de prisão pelo latrocínio (roubo seguido de morte) do advogado Ronaldo César Capelari, em crime ocorrido em janeiro desse ano, em Araçatuba (SP).
Conforme sentença do juiz Roberto Soares Leite, titular da 1ª Vara Criminal, Laís foi condenada a 27 anos e 10 meses de prisão pelo latrocínio e por denunciação caluniosa. Jonathan de Andrade recebeu a pena de 29 anos e 8 meses de prisão pelo latrocínio e ocultação de cadáver. Ambos devem iniciar o cumprimento da pena em regime fechado. Eles já estão presos em penitenciárias de segurança máxima.
As penas foram atribuídas aos crimes de latrocínio, ocultação e cadáver e denunciação caluniosa. Este último foi praticado por Laís, que acusou injustamente três colegas pelo crime. Eles chagaram a ser presos, mas foram liberados após a acusada admitir que tinha mentido.
Crime chocou a cidade
O caso começou a ser investigado depois que a família de Ronaldo procurou a delegacia para registrar um boletim de ocorrência de desaparecimento.
Capelari estava desaparecido desde às 19h30 de segunda-feira, 13 de janeiro, quando saiu para ir à academia e não voltou para casa.
Duas horas depois de o registro policial ser feito, a caminhonete da vítima foi encontrada com marcas de sangue, em uma estrada de terra, em Birigui (SP).
Em seguida, uma denúncia anônima indicou o imóvel onde o corpo do advogado foi encontrado, no bairro Água Branca, na noite do dia 14 de janeiro.
Não havia ninguém dentro da casa, mas Laís, sabendo que a polícia estava à procura da locatária do imóvel, compareceu na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) para falar sobre o caso, na manhã do dia seguinte.
Segundo a Polícia Civil, ela contou durante depoimento que tinha deixado o imóvel aberto e não sabia o que havia acontecido.
A polícia chegou a prender três homens apontados por Laís. Contudo, ela voltou atrás e afirmou que mentiu durante depoimento para defender o namorado. O trio teve a prisão revogada e foi liberado.
A jovem também contou à polícia que tinha atraído o advogado até a edícula para roubar a caminhonete dele com a ajuda de Jonathan, que também foi preso e confessou o crime.
De acordo com a Polícia Civil, Jonathan bateu na cabeça de Ronaldo assim que o advogado entrou no imóvel. Por causa dos ferimentos, o casal decidiu matar a vítima e depois esquartejou o corpo, porque o rapaz não conseguiu colocá-lo na caminhonete para desová-lo.