A Promotoria de Justiça do I Tribunal do Júri de São Paulo denunciou Guiliano Augusto Trondoli Cunha por ter provocado aborto na então companheira sem seu consentimento. O crime foi cometido em 14 de novembro.
De acordo com a denúncia, a vítima Tamires Silva da Cruz namorava Cunha desde o começo do ano e ficou sabendo da gravidez em setembro. Entre a descoberta da gestação e o dia do crime, o denunciado, decidido a não assumir a responsabilidade de ser pai, comprou medicamento popularmente conhecido por provocar aborto, e que pode tanto ser ingerido quanto introduzido no canal vaginal.
“Na noite dos fatos, de maneira premeditada e dissimulando sua verdadeira intenção, o denunciado foi até a casa da namorada e com ela manteve relação sexual. Aproveitando-se da vulnerabilidade advinda do momento de troca sexual, introduziu três comprimidos do medicamento na vagina da vítima, sem o seu conhecimento, violando o corpo da companheira”, relata a Promotoria.
Na manhã seguinte, a mulher foi ao hospital após acordar com cólicas e sangramento. Durante a consulta médica, ela descobriu que o feto estava morto e que estava em processo de abortamento.
Cunha chegou a ser preso, mas foi solto depois de pagar fiança. Além da denúncia, o promotor Neudival Mascarenhas Filho requereu a concessão de medida protetiva de urgência para impedir que o homem se aproxime da vítima, de seus familiares ou de testemunhas do caso.