Candidato reeleito à prefeitura de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) fez um discurso pedindo união, diálogo e construção de consenso na cidade.
Mantido no comando da capital frente a um novo fortalecimento da pandemia do novo coronavírus, Covas apontou foco nos setores da saúde e emprego e, por fim, fez um agradecimento especial ao seu vice, Ricardo Nunes (MDB).
São Paulo falou, São Paulo não quer divisões, não quer o confronto. (…) É possível fazer política sem ódio (…) Vamos governar para todos. A partir de amanhã, não existe distrito azul ou vermelho, existe a cidade de São Paulo. Não há espaço para divisões, para grupo A ou B. Vamos transformar as nossas diferenças em consenso. É o momento de união, diálogo e de trabalharmos juntos a favor da cidade de São Paulo”, discursou, ao lado do governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
O anúncio da vitória de Covas foi feito por volta das 18h45, de acordo com a apuração do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Com 99,99% das urnas apuradas, Covas obteve a preferência de 59,38% do eleitorado (3.168.857 votos), contra 40,62% (2.167.955 votos) de seu adversário Guilherme Boulos (PSOL).
“As urnas falaram. Restam poucos dias ao negacionismo e ao obscurantismo. São Paulo disse sim à ciência, ao equilíbrio e à moderação”. Covas também citou o telefonema feito por Boulos parabenizando-o pela vitória. “O Boulos me ligou e eu reafirmei que a prefeitura continua à disposição para quem quiser apresentar boas propostas”.
Covas seguirá no comando da capital paulista, herdada por ele em janeiro de 2018 após João Doria (PSDB) — de quem era vice nas eleições de 2016 — deixar o cargo para assumir o governo estadual.
Sobre sua continuidade na condução de São Paulo frente à Covid-19, Covas afirmou que focará nos investimentos em saúde e educação, e terá como mantra para 2021 proporcionar “emprego, emprego, emprego e oportunidades”. “Em especial aos jovens de periferia que sofreram ainda mais com essa crise econômica e social”.
Entre os presentes, Covas fez questão de fazer um agradecimento especial ao seu vice. “Ele sofreu muito durante essa campanha, mas esteja certo que, a partir de 1º de janeiro, vamos governar e mostrar para São Paulo a nossa visão de mundo. Obrigado, Ricardo”.
O vice-prefeito eleito que fez poucas aparições durante a campanha. Vereador pelo MDB, Nunes possui suspeitas que pesam contra ele como suas relações com as creches conveniadas e o registro de violência doméstica feito em 2011 pela esposa de Nunes.