Araçatuba elegeu, neste domingo (15), a ativista social Regina Lourenço, a Regininha, primeira mulher trans a ocupar uma vaga na Câmara dos Vereadores. Ela concorreu pela terceira vez ao Legislativo e foi eleita com 861 votos pelo Avante.
Conhecida por seu trabalho social, Regininha, 43 anos, disse que pretende continuar suas ações sociais. “Quero trabalhar por todos, sem rótulos. Pretendo ajudar quem realmente precisa e trabalhar pelos bairros mais carentes”, afirmou.
A vereadora eleita realiza, há anos, bazares e bingos solidários para ajudar os mais carentes e, principalmente, doentes em situação de vulnerabilidade. Também arrecada recursos para compra de cadeira de rodas e medicamentos.
Esta é a terceira eleição de Regininha como candidata a vereadora. Em 2012, obteve 424 votos; em 2016, 217 votos. Para ela, a política irá abrir as portas para que ela possa ajudar mais pessoas.
Sobre ser a primeira mulher trans eleita vereadora em Araçatuba, ela disse que é uma realização. na “Para mim, isso mostra que Deus pode agir e fazer tudo na vida de qualquer pessoa. Quem me colocou na Câmara foi Deus”, disse.
Para ela, o preconceito por ser trans sempre vai existir e a luta contra ele é diária. “Quero deixar claro que vou representar todas as pessoas na Câmara, independentemente da opção sexual”, frisou.
Regininha nasceu em Araçatuba como Adriano Wagner Lourenço e se descobriu gay na adolescência. Já adulta, passou a se caracterizar como drag queen para animar festas. A partir daí, decidiu se assumir como mulher trans e colocou a primeira prótese de silicone em 2008.
Em 2018, conquistou o seu nome social: Regina Lourenço. A escolha era por Regininha, como já era conhecida, mas a Justiça não aceitou por ser diminutivo. A opção, então, foi por Regina.