O Ministério Público denunciou à Justiça 48 presos na Operação Raio X, deflagrada na última terça-feira (29) para desmantelar um grupo criminoso especializado em desviar dinheiro destinado à saúde mediante celebração de contratos de gestão entre municípios e Organizações Sociais.
Constam na denúncia do MP que o grupo teria cometido os crimes de organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e ativa e falsidade ideológica. Com a formalização da denúncia, os acusados se tornam réus e passam a responder ao processo.
Além do oferecimento da denúncia dos presos na operação, o Ministério Público pediu a conversão de 26 prisões temporárias em preventivas. A temporária tem duração de cinco dias, podendo ser prorrogada por mais cinco. Já a preventiva não tem um prazo determinado.
Os acusados foram presos na terça-feira (29), data da operação, portanto, o prazo da prisão temporária acabaria no sábado (3). Como a Polícia Civil não teve tempo de ouvir todos os presos, o MP pediu a prorrogação por mais cinco dias, o que foi acatado pela Justiça.
Para a Promotoria, a decretação das prisões preventivas é necessária devido à real possibilidade de destruição de provas por parte dos membros da organização.
Investigação
A investigação, que conta com Inquéritos Policiais instaurados junto às comarcas de Penápolis e Birigui, teve a duração de aproximadamente dois anos, período este em que foi desvendado um gigantesco e sofisticado esquema de corrupção envolvendo agentes públicos e o desvio de milhões de reais em prejuízo da saúde.
Prisões e buscas
Entre elas, o Secretário de Saúde de Penápolis, Wilson Carlos Braz, e vereador de Birigui José Roberto Merino Garcia, conhecido como Paquinha, e o próprio médico Cleudson Garcia Montali. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na prefeitura de Penápolis e na Santa Casa de Birigui.