A menina de um ano que se afogou ao cair em uma piscina na tarde desta sexta-feira (20 no bairro São José, em Araçatuba, segue internada em observação na UTI Neonatal da Santa Casa. O quadro clínico é estável e ela respira com auxílio externo de oxigênio.
O acidente aconteceu na tarde desta sexta-feira e só não ocorreu uma fatalidade porque familiares perceberam rapidamente que a criança havia caído na piscina e a retiraram, chamando o socorro de imediato.
Equipes do Samu e Corpo de Bombeiros estiveram no local, onde já prestara os primeiros socorros antes de levar a criança para Santa Casa. Foram realizados todos os exames de rotina e não foi constatada nenhuma lesão grave na criança.
A internação para observação na UTI faz parte de um protocolo neste tipo de incidente, e o estado de saúde da criança é considerado estável. O local do acidente passou por perícia do IC (Instituto e Criminalística). A Polícia Civil apura o caso para saber como ocorreu o acidente na residência.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, no Brasil, os afogamentos são a segunda maior causa de morte e a sétima de hospitalização por motivos acidentais entre crianças com idade de zero a 14 anos. Em 2018, 866 pessoas dessa faixa etária morreram vítimas de afogamento, o que representa uma média de 2,3 óbitos por dia, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
Conforme o site criança segura, o afogamento normalmente ocorre de maneira rápida e silenciosa. Pode acontecer em um breve momento em que a criança encontra-se sem supervisão. Em apenas dois minutos submersa, a criança perde a consciência. Após quatro minutos, danos irreversíveis ao cérebro podem ocorrer.
Por possuírem a cabeça mais pesada que o corpo, crianças com até quatro anos de idade ainda não têm força suficiente para se levantarem sozinhas e nem mesmo capacidade de reagir rapidamente em uma situação de risco. Por isso, em caso de queda ou desequilíbrio, elas podem se afogar até mesmo em recipientes com apenas 2,5 cm de água.
Dicas
Nunca deixe crianças sozinhas quando estiverem dentro ou próximas da água, nem por um segundo. Nessas situações, garanta que um adulto estará as supervisionando de forma ativa e constante o tempo todo;
Ensine as crianças que nadar sozinhas, sem ninguém por perto, é perigoso;
O colete salva-vidas é o equipamento mais seguro para evitar afogamentos. Boias e outros equipamentos infláveis passam uma falsa segurança, mas podem estourar ou virar a qualquer momento;
Tenha um telefone próximo à área de lazer e o número do atendimento de emergência sempre visível (SAMU: 192; Corpo de Bombeiros: 193);
Muitos casos de afogamentos acontecem com pessoas que acham que sabem nadar. Não superestime a habilidade de crianças e adolescentes;
Crianças devem aprender a nadar com instrutores qualificados ou em escolas de natação especializadas. Se os pais ou responsáveis não sabem nadar, devem aprender também;
Fique atento! Crianças pequenas podem se afogar em qualquer recipiente com mais de 2,5 cm de água ou outros líquidos, seja uma banheira, pia, vaso sanitário, balde, piscina, praia ou rio;
Ensine as crianças a não correr, empurrar, pular em outras crianças ou simular que estão se afogando quando estiverem na piscina, lago, rio ou mar.