O homem e a mulher encontrados carbonizados dentro de um carro, em Coroados (SP), foram amarrados e queimados vivos, segundo informou Paulo de Tarso, delegado responsável pelo caso.
O crime foi registrado em 17 de outubro na estrada da Caximba. Quatro suspeitos foram presos na manhã de quinta-feira (29). Os três homens de 38, 35 e 19, e uma mulher de 36 anos foram interrogados.
De acordo com Paulo de Tarso, delegado de Birigui e responsável pelo expediente de Coroados, os suspeitos jogaram gasolina nas vítimas e atearam fogo. “Tenho quase 30 anos de profissão. Ou seja, já vi muitos crimes violentos, mas esse me chamou a atenção, pois realmente pegaram muito pesado”, afirma.
Como o homem e a mulher foram encontrados carbonizados, a perícia técnica colheu material genético. Um laboratório especializado analisa as amostras. O resultado do exame de DNA ainda não foi divulgado. Contudo, familiares da mulher encontrada morta reconheceram características do carro.
“Sabemos que as vítimas são Ellen Priscila Ferreira da Silva de 24 e Ely Carlos dos Santos de 39 anos. Estamos aguardando o resultado do exame para termos certeza absoluta”, conta.
Durante interrogatório à Polícia Civil, o jovem de 19 e a mulher de 36 anos assumiram a coautoria do duplo homicídio.
“A Ellen estava grávida do homem que a matou. Ele é casado, mas mantinha um relacionamento com a Ellen. A mulher do suspeito também estava grávida. Os dois queriam que a Ellen tirasse a criança, mas ela não aceitou”, afirma.
Segundo o delegado, Ellen delatou o homem com quem tinha um relacionamento em um caso de tentativa de homicídio e possuía uma suposta dívida de drogas. Ely também devia dinheiro para um traficante.
“Nós trabalhamos com três linhas de investigação. Dívidas de droga, crime passional e o fato de a Ellen ter delatado um outro crime que o homem cometeu”, conta.
“Até o momento, nós não temos certeza de como as vítimas foram abordadas. Sabemos o que aconteceu depois que eles estavam amarrados no carro. Estamos tentando comprovar que o homem e a mulher, que são casados, se juntaram com os outros dois suspeitos para cometer o crime”, afirma o delegado.
Todos os suspeitos presos permanecem à disposição da Justiça. O caso continua sendo investigado pela Polícia Civil. O resultado do exame de DNA ainda não tem prazo para sair. (Com informações: G1)