Momentos de tensão marcaram a madrugada deste sábado (24) em uma casa na rua Coelho Neto, bairro Vila, Nova, zona oeste de Araçatuba. Um escriturário de 44 anos estava mantendo a mulher, uma dona de casa de 24 anos, em cárcere privado após agredí-la, e quando a Polícia Militar chegou, armado com uma faca, ele usou a filha, de apenas 2 anos, como escudo.
O Copom (Centro de Operações da Polícia Militar) recebeu três chamados com a informação de que no local o acusado havia quebrado todo o carro e no interior da casa uma mulher gritava por socorro. Denunciantes também relataram que dava para ouvir choros de criança. Várias equipes se deslocaram ao local e encontraram o veículo, um Gol ano 97, com os vidros quebrados e lataria amassada.
Os PMs também ouviram uma voz feminina gritando por socorro. O escriturário atendeu os policiais com a filha no cólo e disse que não estava acontecendo nada pelo local. Ele não colaborou com os trabalhos Policiais, ou seja, não franqueou a entrada junto ao interior da casa para que verificassem quem estaria gritando por socorro.
Uma equipe do Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia), comandada pelo tenente Rodrigo Souto, esteve pelo local parta dar apoio. A coordenação da negociação foi feita pelo tenente Gabriel Barros e o gerenciamento de crise pelo capitão Calestini. Como não houve acordo, os policiais optaram por realizar uma entrada tática, e arrombaram a porta da frente da casa.
Mãe e filha foram libertadas sem ferimentos, além de outra criança que também estava no local. O homem foi detido e apesar de ter resistido também saiu ileso do local. Ele será indiciado por sequestro e cárcere privado, violência doméstica, lesão corporal, dano e ameaça, e ficou preso em flagrante à disposição da Justiça.