Suco de tomate, polpa, extrato, tomate seco, geleia e compota. Estes são alguns dos produtos que 12 produtoras rurais aprenderam a fazer em Gabriel Monteiro, onde o SIRAN (Sindicato Rural da Alta Noroeste), o Sebrae ER Araçatuba, o Senar-SP e a prefeitura, realizaram em parceria o curso Processamento Artesanal de Tomate.
Em 16 horas de duração, divididas em dois dias com oito horas/aula em cada um, os participantes recebem orientações sobre a escolha do local apropriado, higiene pessoal, do ambiente de trabalho, dos utensílios e equipamentos, características e tipos de tomates, procedimentos adequados para alcançar os resultados esperados, e educação nutricional visando a promoção da alimentação adequada e saudável.
De acordo com a instrutora Cleide Viana Soares, a ação valoriza os costumes regionais, respeitando-se legislação vigente. “No meio rural, o processamento artesanal de alimentos para uso doméstico faz parte do cotidiano das pessoas, valorizando a cultura e hábitos alimentares. Isso possibilita a melhoria da saúde e da qualidade de vida, além do aproveitamento do excedente da produção rural”, explica a instrutora.
Conhecimento da matéria-prima, preparação para o processamento, seleção do material, higienização dos vegetais, cozimento, desidratação e geleificação, receitas, envasamento, pasteurização, vedação, identificação e armazenamento dos produtos, e limpeza das instalações, equipamentos e utensílios.
Ganho e segurança
O secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Everton Viana do Carmo, afirma que o curso proporciona ganho econômico ao produtor rural à medida que evita desperdícios do alimento, transformando-o de forma segura, evitando a compra de seus derivados, uma vez que pode confeccioná-lo no âmbito doméstico para uso da família.
“O processamento artesanal do tomate permite maior consumo do produto de forma diferenciada, pois possibilita a confecção de seus derivados, permite ido que seja consumido não apenas in natura, mas na forma de suco de tomate, purê (polpa), extrato, tomate pelado, tomate seco, geleias, chutney, compotas, molhos e pães. Contribui ainda para agregar valores nutricionais ao produto, sendo que podem ser enriquecidos com legumes, frutas, sucos, evitando-se o desperdício”, comenta o secretário.
A turma de Gabriel Monteiro atingiu o número máximo de 12 participantes, sendo que antes da pandemia de Covid-19, a quantidade era de até 20 pessoas.
Agora, seguindo as orientações das autoridades de saúde, todas usam máscaras, têm álcool em gel à disposição, contam materiais de estudo desinfetados, e mantêm distanciamento. Os participantes recebem gratuitamente material didático e certificado de conclusão.