O presidente da nova Comissão Provisória do PSL (Partido Social Liberal) em Araçatuba, Sérgio Luiz Storti, que assumiu a sigla local após intervenção da executiva estadual, disse que a legenda dos 19 pré-candidatos a vereador está garantida e que não haverá retaliação nem perseguição caso a opção deles seja a de apoiar outro candidato que não seja o prefeito Dilador Borges (PSDB), que terá o apoio oficial do partido.
A convenção da sigla para a definição das candidaturas a vereador será na próxima terça-feira (15), das 9h às 12h, em uma área de lazer localizada no Jardim Alvorada. Por enquanto, o partido tem 19 nomes, sendo 13 homens e seis mulheres.
A disputa pelo PSL entre PSDB e MDB vinha se arrastando havia meses e teve o seu desfecho nesta quinta-feira (10), com o grupo de Dilador assumindo a sigla local. A negociação envolveu o governador João Doria, que fez acordos em municípios de todo o Estado para que o partido que elegeu Jair Bolsonaro apoiasse os candidatos a prefeito do PSDB.
De outro lado, o único mandatário do PSL em Araçatuba, vereador Denilson Pichitelli, defendia uma coligação com o pré-candidato a prefeito pelo MDB, vereador Cido Saraiva, ou uma candidatura própria ao Executivo municipal, propostas que não vingaram com a intervenção no partido.
“Não vai ter perseguição, não vai ter confronto. Queremos conversar com todos os candidatos a vereador do partido e vamos respeitar a decisão deles de apoiar este ou aquele candidato a prefeito”, garantiu o presidente da Comissão Provisória do PSL de Araçatuba, Sérgio Luiz Storti, que é fiscal de rendas aposentado e advogado.
Storti apoiou as candidaturas anteriores de Dilador a prefeito e é amigo pessoal de Luciano Bivar, presidente nacional do PSL, o que pesou na decisão da executiva estadual. Ele já foi filiado ao PFL (hoje DEM) e ao PSDB, atuando nos bastidores da política local.
Comissionados
Além de Storti, a nova Comissão Provisória do PSL registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP), é composta por outros seis nomes ligados a Dilador. Três deles possuem cargos comissionados na Prefeitura e um é secretário municipal, caso de Marcelo Astolphi Mazzei, que comanda a pasta de Desenvolvimento Econômico e assumiu o posto de tesoureiro geral do PSL.
Os demais são Celso Gatto Júnior, assessor executivo da mesma Secretaria e vai ser o secretário-geral do partido; Ricardo Paiva Reis, diretor da Secretaria de Desenvolvimento Agroindustrial, e Luís Fernando Gonçalves Pereira dos Santos, chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Comunicação, que constam como membros da sigla.
A lista se completa com o aposentado João Carlos Corrêa, o Chocolate, que é o vice-presidente e tem cargo uma filha com cargo comissionado na Prefeitura, e Vinícius Matheus Brandão dos Santos, membro. Este não possui cargo na administração, mas pertence ao grupo político de Dilador.
Conversa
O presidente do PSL local disse que ainda não conversou com os filiados e os pré-candidatos do partido, pois só soube da validação da nova nominata na noite dessa quinta-feira (10). “Já temos a relação dos candidatos a vereador. Temos nomes bons, com condições de se elegerem”, afirmou.
Ele disse que irá seguir todos os trâmites para a homologação dos nomes dos pré-candidatos, para que eles possam participar das eleições, apesar da troca de comando do partido e o apoio declarado a Dilador.
“Faço um apelo para que a gente converse com todos eles. Não é o momento para que ninguém desista da candidatura e todos devem ir à convenção”, afirmou. “Ninguém é obrigado a fazer o que não tem vontade de fazer. Eles vão ter liberdade para apoiar quem quiserem”, garantiu.