A Justiça de Araçatuba condenou o assaltante Roberto Bezerra dos Santos a pena de 83 anos de prisão por participação no assalto a empresa de transporte de valores Protege, em outubro de 2017, em Araçatuba (SP).
A sentença foi proferida na semana passada e divulgada pelo Ministério Público nesta terça-feira (01/09). Santos foi condenado pelo latrocínio consumado do policial civil André Luís Ferro; por latrocínio tentado contra uma mulher, que por muito pouco não foi ferida na cabeça por um tiro que atravessou o carro que ela ocupava; por latrocínio tentado contra policiais militares; por explosão e por incêndio.
Até o momento, 18 criminosos foram denunciados por envolvimento no assalto, o maior já registrado em Araçatuba. Três bandidos continuam foragidos e estão sendo procurados pela polícia.
O assalto ocorreu no início da madrugada de 16 de outubro de 2017. Na posse de arsenal de guerra, pelo menos 30 criminosos explodiram o prédio da empresa de valores, subtraindo R$ 10 milhões e, simultaneamente, mataram um Policial Civil, atacaram com disparos de arma de fogo o Comando da Polícia Militar de Araçatuba (CPI-10) e incendiaram veículos.
O processo principal que apura o crime tem mais de 11 mil laudas. O procedimento foi desmembrado e as ações prosseguem. Até o momento, 15 criminosos foram presos e as sentenças dependem de cada caso. Três réus do processo foram presos em novembro de 2017 acusados de participação no assalto a empresa de valores Rodoban, em Uberaba (MG).
Dois presos nessa ação estão no presídio federal de Campo Grande (MS) e deverão participar de audiência de instrução da Justiça de Araçatuba, por videoconferência, nesta quarta-feira (2).
Roberto Bezerra, condenado na semana passada, é de Rio Claro (SP). Ele cumpre pena em uma penitenciária de segurança máxima. Segundo o Promotor de Justiça Sérgio Ricardo Martos Evangelista, o Ministério Público já entrou com recurso pedindo aumento da pena do condenado.
Procurados
Três criminosos de alta periculosidade continuam sendo procurados. São eles Cléber Andrade de Oliveira, Edson Vieira da Silva, e Paulo César de Assis, de Limeira.
Edson Vieira da Silva, 44 anos, natural de Campinas é apontado com um dos principais líderes da quadrilha e foi o responsável por alugar um rancho em Glicério, a quase 50 quilômetros de Araçatuba, que serviu como abrigo para os integrantes do grupo. A polícia ainda diz que o criminoso participou ativamente do assalto à Protege.
Cléber Andrade de Oliveira, 43 anos, de São Paulo, o Binho, é apontado com um dos maiores ladrões de cargas do estado de São Paulo. O suspeito age sempre fortemente armado, principalmente com o uso de fuzil, e foi um dos primeiros a ser identificado pela polícia, já que deixou digitais no rancho em Glicério.
Paulo César de Assis, 38 anos, é natural de Limeira, e foi responsável por resgatar alguns dos integrantes do bando um dia após o assalto. Os três foragidos são considerados peças importantes para o andamento das investigações e a elucidação não só do assalto à Protege de Araçatuba, mas também de outros do mesmo tipo por todo o Brasil e no exterior.