A primeira audiência de instrução do caso do advogado Ronaldo Capelari, de 53 anos, que foi encontrado esquartejado dentro de três sacos no banheiro de uma edícula em Araçatuba (SP), foi marcada para 8 de outubro, às 13h45.
Laís Lorena Crepaldi, de 20 anos, e o namorado dela, Jonathan Andrade Nascimento, de 21 anos, foram presos e confessaram o crime registrado em janeiro de 2020. A Polícia Civil concluiu o inquérito e denunciou o casal por latrocínio e ocultação de cadáver.
De acordo com o Ministério Público, ambos serão ouvidos na primeira audiência de instrução que pode ser realizada virtualmente ou por videoconferência. A forma como ela será feita ainda não foi decidida. Os réus serão defendidos pela Defensoria Pública de Araçatuba.
Investigação
O caso começou a ser investigado depois que a família de Ronaldo procurou a delegacia para registrar um boletim de ocorrência de desaparecimento.
Duas horas depois de o registro policial ser feito, a caminhonete da vítima foi encontrada com marcas de sangue, em uma estrada de terra, em Birigui (SP).
Em seguida, uma denúncia anônima indicou o imóvel onde o corpo do advogado foi encontrado, no bairro Água Branca, na noite do dia 14 de janeiro.
Não havia ninguém dentro da casa, mas Laís, sabendo que a polícia estava à procura da locatária do imóvel, compareceu na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) para falar sobre o caso, na manhã do dia seguinte.
Segundo a Polícia Civil, ela contou durante depoimento que tinha deixado o imóvel aberto e não sabia o que havia acontecido.
A polícia chegou a prender três homens apontados por Laís. Contudo, ela voltou atrás e afirmou que mentiu durante depoimento para defender o namorado. O trio teve a prisão revogada e foi liberado.
A jovem também contou à polícia que tinha atraído o advogado até a edícula para roubar a caminhonete dele com a ajuda de Jonathan, que também foi preso e confessou o crime.
De acordo com a Polícia Civil, Jonathan bateu na cabeça de Ronaldo assim que o advogado entrou no imóvel. Por causa dos ferimentos, o casal decidiu matar a vítima e depois esquartejou o corpo, porque o rapaz não conseguiu colocá-lo na caminhonete para desová-lo.
Com o intuito de apurar melhor os fatos e obter informações para indiciar o casal, agentes do Instituto de Criminalística (IC) e da Polícia Civil realizaram uma nova perícia na casa onde o advogado foi morto.
Os trabalhos contaram com um material chamado Luminol, elemento químico capaz de identificar vestígios de sangue. Os resultados também foram incluídos no inquérito.