O inverno começou oficialmente no último dia 20, e o clima seco e a baixa umidade do ar, característicos deste período do ano, deixam os nossos olhos mais vulneráveis a doenças, como a conjuntivite alérgica, que pode evoluir para viral ou bacteriana, síndrome do olho seco e outras reações alérgicas (olhos vermelhos, lacrimejamento, ardência, coceira, fotofobia e irritação).
Com o vento frio e o tempo seco da estação, pessoas costumam tomar cuidados com a saúde da pele, relacionados principalmente à hidratação e proteção contra as baixas temperaturas. O problema é que acabam se esquecendo de que os olhos também merecem atenção.
No frio, por exemplo, há maior concentração de pessoas em locais fechados e aquecidos. “É importante que os ambientes onde costumamos frequentar, sejam mantidos sempre livre de poeiras e bem ventilados”, explica a oftalmologista Ana Carolina Capelanes, do Hospital do Olho, em Araçatuba (SP).
Um dos problemas mais comuns nesta época do ano é a conjuntivite, cujos primeiros sinais são olhos vermelhos, ardor e secreção. Outro desconforto é a síndrome do olho seco, em decorrência da baixa umidade, que tende a predominar durante os meses de inverno.
Portanto, assim que sentir ardor, vermelhidão e sensibilidade à luz, sem secreção, sobretudo, em ambiente com aquecimento, é importante utilizar colírios lubrificantes, sob supervisão médica.
Raios solares
No verão, a exposição dos olhos ao sol é uma preocupação constante de quem deseja aproveitar ao máximo o período de férias ao lado da família, parentes e amigos. Contudo, o que muita gente se esquece é que, com a chegada do inverno esse, cuidado deve ser mantido.
Por mais que não haja calor excessivo, o uso de óculos com proteção solar e cuidados com os horários de exposição ao sol devem ser permanentes, uma vez que os efeitos nocivos dos raios ultravioleta não saem de férias durante o frio.
Por isso, mesmo no inverno, é importante proteger os olhos. “Tanto a catarata quanto a degeneração macular são doenças típicas da terceira idade, mas que têm surgido cada vez mais precocemente devido à falta de proteção. Por isso, crianças, jovens e adultos, de qualquer idade, devem tomar cuidado com o sol do inverno”, recomenda a oftalmologista.
Os resultados da deterioração causada pelos raios ultravioleta aparecem a longo prazo e podem acelerar o processo de envelhecimento e deterioração da visão. “Isso significa que a incidência dos raios ultravioleta sofridas hoje podem não ser sentida amanhã ou depois, mas provavelmente daqui 15 ou 20 anos”, finaliza Ana Carolina.
De forma ideal, a qualquer desconforto ou dúvida em relação à saúde ocular, a indicação é procure por um oftalmologista.