O laboratório gráfico de cédulas falsas de uma quadrilha desmantelada nesta quinta-feira (2) durante a Operação “Matriz 188”, da Polícia Federal, em Birigui, é considerada a terceira maior estrutura já descoberta pela PF no país, e era responsável pelo envio das notas para várias partes do país. Os delegados responsáveis pela operação concederam uma entrevista coletiva à imprensa na manhã desta sexta-feira para dar detalhes do caso.
O delegado chefe da Polícia Federal em Araçatuba, Frederico Franco Rezende e o delegado Rodrigo Koehler atenderam à imprensa para falar sobre o caso. Rezende explicou que as investigações começaram após diversas apreensões de cédulas falas na região, motivo que motivou uma investigação detalhada, com base em descobrir de onde surgiam estas notas.
Em meio as investigações a delegacia da PF em Araçatuba encontrou apoio da unidade piloto de repressão a cédulas falas no país, que ajudou principalmente na localização de alguns alvos, tendo em vista que é integrada por peritos e policiais especializados neste tipo de crime. Diante de uma investigação detalhada foi possível chegar a organização criminosa sediada em Birigui, onde durante a operação nesta quinta-feira foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal.
No laboratório três pessoas foram presas em flagrante produzindo as cédulas falsas em equipamentos sofisticados capaz de produzir cédulas falas em grande escala. O delegado disse que este laboratório está entre os três maiores do Brasil. Em um ano e meio de investigações foram apreendidas cerca de 80 mil cédulas falsas produzidas por esta organização criminosa, o que atinge a cifra de mais de R$ 2 milhões ao longo de um ano e meio de investigações.
O coordenador nacional da Unidade de Repressão a Falsificação de Moedas da Polícia Federal, delegado Rodrigo Koehler, explicou que há 10 anos, quando a Casa da Moeda lançou a segunda família de cédulas de Reais, foram inseridos vários itens de segurança que facilitaram a identificação, e além disso, foram adotados critérios de segurança com processos gráficos diferentes, tornando a moeda brasileira no mesmo nível de segurança do Euro.
Isso exige muito tempo e dedicação para a falsificação, incluindo desde a aquisição de papel importado de alta qualidade, além de técnicas de impressão gráfica. De acordo com ele, as investigações conseguem rastrear as notas com características são deixadas conforme o local da impressão, como se fosse um DNA. E a partir daí foi possível chegar a organização criminosa de Birigui. Confira o vídeo da entrevista e outro que mostra o material apreendido:
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