Um comerciante de 44 anos, proprietário de uma vidraçaria em Araçatuba, procurou a Polícia Civil na noite desta quinta-feira (18) após se sentir forçado a emitir notas fiscais de serviços que não prestou, para o síndico de um condomínio de apartamentos localizado na rua Aviação, em Araçatuba. Ele está com medo de que o fato venha a comprometer sua conduta profissional.
O comerciante relatou na delegacia que fez a colocação de alguns vidros em três portas de blindex no Condomínio de apartamentos. Após concluir os serviços, ao contatar o síndico, pessoa responsável por contratar seus trabalhos, ao disponibilizar o valor, de R$ 1,5 mil, o responsável pediu que fosse emitida nota com o dobro do valor, no caso, R$ 3 mil.
O comerciante questionou o síndico e ele alegou que havia feito um serviço de revestimento de película de segurança, assim como instalação delas em todas as portas do condomínio, desta forma, solicitou esse “favor”. Ainda que contrariado, pois gerava custos adicionais, pois cada nota emitida, são recolhidos 4% sobre o valor declarado para o governo, ele atendeu ao pedido.
Como não recebeu pelo serviço prestado, apesar de ter emitido as notas conforme pedido do síndico, o comerciante o procurou novamente e o síndico então pediu mais uma nota, no valor R$ 1,5 mil, sem que ele tenha prestado qualquer tipo de serviço. Com medo de não receber o pagamento, ele então emitiu a nota solicitada e depois de dois dias recebeu o pagamento do serviço que havia prestado, no valor de R$ 1,5 mil. O total de nota fornecida ao síndico totalizou R$ 4,5 mil.
Após receber o valor e contrariado com o que se sentiu forçado a fazer, ele registrou boletim de ocorrência temendo que o caso possa ter algum desdobramento e afetar sua idoneidade bem como a reputação de sua empresa.