Um comerciante de 28 anos foi preso em flagrante na madrugada desta terça-feira no centro de Araçatuba acusado de efetuar três disparos com um revólver 357 na região central de Araçatuba. Ele afirma que seu intuito era intimidar pichadores organizadores de movimento antifascista que estão fazendo ameaças nas redes sociais pelo fato de sua empresa ter na fachada a ilustração de uma bandeira histórica da época dos Estados confederados americanos. Na tarde anterior ele havia registrado um boletim de ocorrência por ameaça.
Durante patrulhamento pela área central, por volta das 4h30, com o objetivo de inibir furtos a agências bancárias, uma equipe da Polícia Militar, composta pelo sargento Barros, cabo Fabris e soldado Tales, ouviu estampidos semelhantes a disparos de armas de fogo.
Quando passavam pela rua Bandeirantes os policiais viram uma caminhonete Hilux branca, transitando pela contramão, sendo que o condutor, ao ver a viatura, tentou desvencilhar-se, mas acabou sendo abordado.
O motorista foi identificado como um comerciante de 28 anos, morador na área central. Na cintura dele os policiais encontraram um revólver Taurus Magnum calibre 357, com três munições intactas e três deflagradas.
Próximo ao local da abordagem os PMs viram que duas pessoas andavam a passos rápidos em sentido oposto. Os militares também fizeram a abordagem e constataram que eram as possíveis vítimas dos disparos.
O comerciante estava indignado, pois teve a fachada de sua loja pichada por vândalos onde o chamavam de racista, bem como sofreu ameaças em redes sociais por conta da fachada de sua loja apresentar uma bandeira histórica da época dos Estados confederados americanos. Por estar se sentindo ameaçado, ele disse que pegou a arma, era de seu avô falecido, há cerca de 7 anos, e a usou para intimidar os possíveis pichadores de sua loja.
Os policiais conduziram os pichadores e o acusado dos disparos ao plantão policial, onde o mesmo ficou preso por porte ilegal de arma de fogo e disparo em via pública. Quanto aos dois menores, foi feito contato com seus genitores, os quais compareceram ao plantão e acompanharam os respectivos filhos.
B.O
No final da tarde desta segunda-feira (1) o mesmo comerciante havia procurado a polícia para registrar um boletim de ocorrência. Ele declarou que tomou conhecimento via rede social Twiter que usuários do referido aplicativo estão organizando uma “Manifestação Antifacista” para o dia 7 de junho, às 14h, inclusive criaram um grupo no “Whats App” para cooptar membros com esta finalidade.
Em uma das mensagens publicadas o empresário declara que a sua loja é citada de forma literal e um usuário menciona que “é essa loja que tem a bandeira dos confederados?”. Também afirma que uma usuária do Twiter escreveu que, “dá vontade de jogar coquetel molotov na loja dele”. O comerciante anexou também alguns prints impressos relacionados com os fatos alegados. A Polícia Civil vai investigar o caso.