Araçatuba confirmou, nesta terça-feira (23), mais 53 casos positivos de covid-19, passando de 427 para 480 pacientes infectados pelo novo coronavírus. É o maior número registrado em 24 horas desde o início da pandemia, que já fez 14 vítimas na cidade.
Até essa segunda (22), o município tinha 1.420 notificações de casos suspeitos, que saltaram para 1.546, 126 a mais. Destes, 338 aguardam resultado de exame – até ontem, eram 273 à espera das análises laboratoriais –, e 660 testaram negativo para a doença, oito a mais do que os divulgados ontem, quando haviam 652 pacientes negativados.
“Isso significa que a epidemia está avançando em nosso município”, afirmou a secretária municipal de Saúde, Carmem Guariente. Dos 61 resultados de exames recebidos nesta terça pela Vigilância, 53 testaram positivo e oito negativo.
Na segunda, o município tinha registrado mais 40 casos de covid-19, passando dos 387, no domingo, para 427, ontem. Até então, era o maior número de positivados em 24 horas.
INTERNADOS
A quantidade de pacientes internados também é recorde: são 37 moradores de Araçatuba hospitalizados, dos quais 20 estão em leitos de UTI (nove em ventilação mecânica) e 17 em enfermarias. Até ontem, eram 36 internados.
A Santa Casa de Araçatuba tem 12 dos 19 leitos de UTI exclusivos para covid-19 ocupados por moradores de Araçatuba, sendo cinco em ventilação mecânica. Já dos 41 leitos de enfermaria, nove estão ocupados por pessoas da cidade.
Já no Hospital Unimed, dos dez leitos de UTI há oito ocupados por moradores de Araçatuba, quatro com ventilador. E dos 17 leitos de enfermaria, oito estão ocupados por pessoas do município.
MONITORAMENTO
Houve aumento também no número de pessoas em monitoramento ou tratamento domiciliar, passando de 463 para 580, ou seja, 117 a mais. Estes pacientes testaram positivo para covid-19 ou aguardam resultado de exames.
Por não precisarem de internação, eles permanecem em casa sendo monitorados pela Vigilância Epidemiológica durante 14 dias, período de incubação do coronavírus.
ÓBITOS
O município registrou 14 óbitos pelo novo coronavírus. Outras cinco mortes suspeitas são investigadas por meio de coleta de materiais que estão em análise no Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo.
GRAVIDADE
Diante da gravidade da epidemia na região, os gestores da saúde municipal se reuniram com o diretor do DRS-2 (Departamento Regional de Saúde), Sérgio Smolentzov. “O objetivo foi ver o que podemos fazer para melhorar o fluxo de atendimento, mas é importante que as pessoas estejam atentas aos sinais e sintomas da doença”, alertou a secretária.
A enfermeira Priscila Cestaro, chefe da Vigilância Epidemiológica, explicou que a população deve procurar o serviço de saúde se sentir um ou mais sintomas, como febre, tosse, coriza, dor de cabeça, mal-estar, dor no corpo e cansaço. “É importante estar alerta e não esperar os sintomas se agravarem para procurar atendimento”, disse.