A Prefeitura de Mirandópolis abriu, nesta segunda-feira (18), os trâmites legais para abrir uma licitação para a compra de 10 mil comprimidos de cloroquina para o combate à covid-19 (coronavírus).
Em entrevista à Folha da Região, o prefeito Everton Sodario (PSL) disse que ainda espera a cotação do preço a ser feita pela equipe de licitação para ter uma ideia do valor a ser investido. Mirandópolis tem 29.564 habitantes e 33 casos, sendo a maioria do sistema prisional.
O documento que dá início ao processo licitatório é assinado pelo prefeito e autoriza o Departamento de Compras do município a adquirir os medicamentos que tenham cloroquina em sua composição e estipula que a aquisição deverá ser precedida de análise técnica emitida pelo Departamento de Saúde municipal.
“O médico vinculado a esta municipalidade poderá indicar a medicação para o tratamento de patologia acima elencado, não havendo a possibilidade de retirada dos medicamento de qualquer estabelecimento municipal de saúde sem a receita médica”, diz o texto publicado.
A portaria determina ainda que o medicamento será ministrado também somente se o paciente assinar um termo de anuência. Ainda não há uma data para quando as compras serão feitas pela Prefeitura.
DRIVE TRHU
O uso da cloroquina tem se tornado uma polêmica desde o início dos casos de covid-19 no mundo. O medicamento, junto com a hidroxicloroquina, são amplamente usados no combate de doenças como lúpus e artrite reumatoide, além de alguns tipos de malária.
Apesar de não ser indicada para casos leves de covid-19, na semana passada, por exemplo, a Unimed Belém (PA) distribuiu gratuitamente, via drive-thru, os medicamentos cloroquina, azitromicina e ivermectina para pacientes com a covid-19. Nenhum deles, porém, tem comprovação de eficácia contra a doença.
Segundo a empresa, o objetivo é atender diariamente 400 beneficiários, que precisam apresentar carteira do plano, documento com foto e receita médica. Nas redes sociais, foram divulgadas imagens de filas de carros para ter acesso às drogas.