O sistema prisional de São Paulo tem 18 servidores confirmados com o novo coronavírus (COVID-19) e outros 25 com suspeita de contágio, segundo os dados apurados com base em denúncias recebidas, até a tarde desta segunda-feira (20), pelo Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional de São Paulo).
Conforme o sindicato, dentre os confirmados, há o óbito do policial penal Aparecido Cabrioto, 62, da Penitenciária de Dracena- a cerca de 150 km de Araçatuba (SP), que passou mal depois de retornar de uma viagem de férias, foi internado em isolamento na Santa Casa da cidade, mas não resistiu e morreu no dia 3 de abril.
Do total de 18 registrados entre 17 de março e 20 de abril, há três servidores penitenciários confirmados com o coronavírus na capital, sendo um do Centro de Detenção Provisória (CDP) 3 de Pinheiros, outro do Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário e o terceiro da base de escolta do bairro de Santana.
Os demais, conforme o Sifuspesp, são da Praia Grande, Americana, Presidente Prudente, Mauá, uma servidora de Presidente Venceslau, dois de Dracena (entre os quais o policial penal Cabrioto, que morreu em 3 de abril); um do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Diadema e outro do CDP de Riolândia, além das penitenciárias de Junqueirópolis, Sorocaba, Taquarituba, Guarulhos, Jundiaí e Parelheiros.
Entre a população carcerária, há quatro casos confirmados e outros 25 com suspeita do coronavírus, de acordo com o sindicato. O total que é o mesmo registrado conforme mapeamento realizado pelo Depen (Departamento Penitenciário Nacional).
O caso confirmado mais recente é na Penitenciária 1 de Mirandópolis – a 70 km de Araçatuba – de um detento da cela 121, o que levou à interdição de todo o raio 1 da unidade, conforme o sindicato. Ainda na região, há suspeita de casos na penitenciária I de Lavínia.
O órgão informa que houve três óbitos, sendo dois na Penitenciária 2 de Sorocaba. Destes, uma morte ocorreu no dia 12 de abril e segue como suspeita, e o outro caso foi confirmado como coronavírus neste domingo (19), tanto pela prefeitura do município quanto pela SAP (Secretaria de Administração Penitenciária). A terceira morte foi na Penitenciária de Lucélia.
“Seguimos insistindo para que a categoria mantenha o contato com o sindicato e denuncie, pois a SAP e o governo do Estado não têm sido transparentes e, quando algo é divulgado, isso só ocorre muito tempo depois. Continuamos confiando na categoria para podermos manter a apuração da situação no sistema prisional”, afirma Fábio César Ferreira, o Fábio Jabá, presidente do Sifuspesp.