Em função da pandemia do novo coronavírus, o vereador Denilson Pichitelli (PSL) quer saber qual a quantidade de leitos de baixa, média e alta complexidade que estavam disponíveis antes do surgimento dos casos de Covid-19 para atender a população de Araçatuba e região e quantos leitos estão ocupados atualmente. Ele também quer ser informado sobre a quantidade de ventiladores e respiradores disponíveis no município e se há previsão de incremento destes aparelhos, utilizados para tratamentos dos casos graves de crises respiratórias, e em que prazo.
Os questionamentos estão em requerimento de protocolizado na quinta-feira (16), na Câmara Municipal, e endereçado ao prefeito Dilador Borges (PSDB), com pedido de urgência na resposta.
O parlamentar do PSL também quer saber qual a quantidade de leitos disponíveis para atendimento geral e para os pacientes com suspeita ou confirmação de Covid-19, tanto na rede pública quanto privada. E também qual a quantidade e o tempo previsto para os incrementos em andamento, já que a Prefeitura anunciou que o antigo Hospital da Mulher será transformado em um centro de apoio a pacientes de Covid-19 de menor complexidade.
A demanda de atendimentos médicos pela rede pública e particular no município e na região, já que a Santa Casa de Araçatuba é referência em alta complexidade para cerca de 1 milhão de habitantes, também é questionada pelo vereador, que quer saber ainda quais os municípios atendimentos e as eventuais disponibilidades próprias de leitos e UTIs destas cidades.
BOLETIM
Conforme Pichitelli, o boletim epidemiológico emitido pelo Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública no dia seis de abril informa que, a partir de 13 de abril, os municípios que implementaram medidas de distanciamento social, onde o número de casos confirmados não tenha impactado em mais de 50% da capacidade instalada existente antes da pandemia, devem iniciar a transição para o distanciamento social seletivo.
“Há uma enxurrada de informações falsas, as chamadas fake news, sobre a situação de cada caso no município e sua situação geral que acabam por motivar, indevidamente, revolta ou postura negativa no combate à crise epidemiológica”, disse o vereador.
Ela afirma que a intensificação ou o afrouxamento do isolamento social são importantes na condução das políticas de saúde para evitar um colapso no sistema de atendimento e também permitir uma contínua e gradual exposição da população, de acordo com o número de casos e de leitos disponíveis nos municípios.
“Sabemos que há um enorme desencontro de vontades e orientações de lideranças políticas e da população em geral, umas desejando a imediata reabertura ou relaxamento das medidas de distanciamento social e, outras, propondo o seu incremento com mais rigor”, disse. “É necessário atender as medidas apontadas pelos aconselhamentos científicos sem se esquecer das necessidades dos setores produtivos de nossa cidade, especialmente os pequenos comerciantes, empresas e prestadores de serviços informais, por isso é importante saber como está a situação de nossa cidade e região em relação à pandemia”, completou.
TESTES
No requerimento, o vereador questiona, ainda, a capacidade de testagem do município, se há testes rápidos ou kits de coleta e também qual a capacidade da testagem por laboratórios locais ou por envio a outros laboratórios.
O vereador também quer saber a quantidade de equipes de saúde hoje disponibilizadas pela rede pública e privada e qual a previsão para as eventuais contratações necessárias para operar todos os leitos e UTIs. E pergunta, ainda qual é o estoque de equipamentos de segurança, limpeza e de EPIs, a demanda de tempo e uso e de incremento destes estoques. “Quanto tempo os estoques atuais supririam uma demanda máxima de todos os leitos? Há compras ou solicitações em andamento? Qual a previsão para a entrega destas compras”, questiona.
Pichitelli também pede que seja fornecida a listagem diária de síndrome gripal e de síndrome respiratória aguda grave entre os dias 1º de janeiro e 15 de abril deste ano e os casos registrados no mesmo período do ano passado. “Mesmo ante a deficiência e atrasos na elaboração dos testes de Covid-19, estes poderiam ser um parâmetro para balizar o avanço da infecção”, disse.