O juiz da 3ª Vara Criminal do Rio, Alexandre Abrahão Dias Teixeira, determinou o arquivamento do processo contra o vidraceiro Jamerson Gonçalves de Andrade, de 33 anos, que foi preso injustamente duas vezes pelo homicídio de um PM. Jamerson foi liberado na primeira vez mas o processo não havia sido arquivado e ele seguiu sendo considerado suspeito do crime. Depois o homem foi preso novamente sob a mesma acusação, mesmo.
Segundo informações do jornal ‘Extra’, em 2017, Jamerson voltava para casa, no Complexo do Lins, no Rio de Janeiro, quando foi abordado por PMs e agentes que acompanhavam o policial que tinha sido morto reconheceram o vidraceiro como um dos assassinos. No entanto, na hora do crime, o vidraceiro estava trabalhando em um shopping na Barra da Tijuca, a mais de 10km do local do homicídio. As imagens das câmeras de segurança comprovaram que Jamerson não tinha ligação com o crime.
O trabalhador chegou a ser preso, mas conseguiu provar sua inocência. No entanto, mesmo assim Jamerson continuou sendo considerado pela polícia um possível alvo.
Ainda segundo o ‘Extra’, em 2018, a Delegacia de Homicídios usou os mesmos depoimentos dos PMs que haviam acusado o vidraceiro injustamente em outro inquérito aberto para investigar o tráfico do Lins. E, com base nos relatos, a Justiça decretou novamente a prisão de Jamerson.
O vidraceiro acabou sendo preso novamente, mesmo sem qualquer ligação com os crimes investigados pela polícia. Agora, após o juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira analisar o caso, ficou decretado arquivamento do processo contra Jamerson.