O Tribunal de Júri de Araçatuba inocentou, por falta de provas, dois homens que foram julgados nesta quarta-feira acusados de tentarem matar, por atropelamento, Gilson Moisés Grotto, na madrugada de 27 de abril de 2008, em frente a um bar na avenida Dois de Dezembro, no bairro Vila Aeronáutica.
O promotor Adelmo Pinho disse que, no julgamento, pediu a absolvição da dupla por falta de provas. A defesa também fez o mesmo pedido e no entendimento dos jurados não houve prova suficiente para sustentar a versão de que o atropelamento foi motivado para matar a vítima.
Mário Aparecido Rinaldini e Ricardo Rodrigues da Silva tinham sido denunciados por homicídio tentado duplamente qualificado, por motivo torpe e utilizando meio que impossibilitou qualquer forma de defesa por parte da vítima, que foi atropelada e prensada em uma carretinha que estava estacionada no local. Em função do atropelamento a vítima ficou em estado grave e acabou sofrendo amputação em uma das pernas.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, os dois acusados estavam na companhia de um terceiro homem não identificado, em um pagode que era realizado no bar. No mesmo local estava a ex-namorada de Rinaldini na companhia de outras pessoas, entre elas Gilson Grotto. Rinaldini e Grotto começaram a discutir por motivo de ciúmes.
Ainda conforme a denúncia, vendo a situação, Ricardo Silva pegou seu veículo, um Santana, e estacionou bem em frente ao bar, desceu do carro e foi no local onde estava havendo a discussão. De repente Rinaldini entrou no carro e Silva, no volante, fez o retorno na avenida, acelerou o veículo e em alta velocidade e acabou atropelando Grotto, que foi atingido nas pernas e prensado em uma carretinha.
Em seguida a dupla fugiu para Nova Luzitânia. De acordo com a denúncia, Grotto só não morreu devido ao rápido atendimento médico que recebeu, suportando as lesões consideradas gravíssimas, que resultaram na perda de uma das pernas. Como o próprio promotor havia pedido a absolvição, não haverá recurso.