Com 667 casos confirmados, Araçatuba já vive uma epidemia de dengue pelo segundo ano consecutivo. Em comparação com mesmo período do ano passado, o número de casos é 181% maior em 2020, já que de janeiro a março de 2019 foram computados 237 pacientes infectados pelo mosquito Aedes aegypti.
Conforme a Vigilância Epidemiológica, o que determina a situação de epidemia é a incidência de 300 casos para cada 100 mil habitantes. Em 2019, Araçatuba também viveu uma epidemia de dengue, com mais de 7,8 mil casos confirmados.
Nesta semana, foram registrados 100 casos de dengue, passando dos 557 anteriores para os atuais 667. Dentre os pacientes que contraíram a doença este ano, a mais nova é uma menina de 10 meses, moradora no Palmeiras. De outro lado, a mais velha é uma mulher de 96 anos, que mora no Jardim Aeroporto.
CRIADOUROS
Conforme a Secretaria Municipal de Saúde, esse crescimento no número de pacientes com dengue deve-se ao aumento de criadouros, que têm como fator principal o grande volume de chuvas que caiu em Araçatuba, aliado às altas temperaturas médias, que superaram os 30 graus entre dezembro do ano passado e fevereiro deste ano.
Em dezembro, segundo a Secretaria, foi registrado um total de 274,7 milímetros de chuva em um período de 19 dias; no mês de janeiro, foram 144,9 mm com 15 dias de chuva e, em fevereiro, o volume chegou a 264,8 mm com 18 dias de chuva. “Chuva e alta temperatura são as condições ideais para a reprodução do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue”, afirma a Secretaria de Saúde.
AÇÕES
Na tentativa de conter o avanço da dengue, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) está trabalhando com suas equipes em horário estendido durante a semana, até às 19h, e aos sábados, das 8h às 13h30, para aumentar a área de cobertura das áreas prioritárias, com potencial de transmissão da dengue.
O município tem realizado, ainda, arrastões com caminhões para retirada de inservíveis que possam acumular água. Além disso, A Vigilância Epidemiológica realiza bloqueios, em um raio de 200 metros, em todos os imóveis onde se encontram casos positivos da doença. O bloqueio consiste na verificação dos imóveis e orientação aos moradores, além da aplicação de inseticida.