A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo está monitorando um caso suspeito do novo coronavírus (COVID-19), na capital. Trata-se de um adulto, que está em isolamento domiciliar, com passagem pelo Japão.
O país asiático entrou na relação de locais de origem ou transição definida, na última sexta-feira (21), pelo Ministério da Saúde.
O novo critério de casos suspeitos passou a considerar pessoas com sintomas respiratórios que sejam provenientes do Japão, Coreia do Sul e do Norte, Singapura, Vietnã, Tailândia e Camboja, além da China, indicada anteriormente.
A mudança levou em conta o aumento de casos registrados fora do território chinês. As orientações já foram replicadas pela Secretaria de Estado da Saúde para as regiões do território paulista.
Até o momento, São Paulo contabiliza 25 suspeitos descartados para COVID-19. São Paulo e o Brasil seguem sem nenhum caso confirmado. Os dados oficiais estão sendo registrados pelos municípios em um sistema de notificação do Ministério da Saúde.
Balanço
Conforme definido pela pasta federal, os casos inseridos até o meio-dia pelos municípios são divulgados no boletim da mesma data. Já os inseridos posteriormente são divulgados no balanço do dia seguinte.
É fundamental procurar o serviço de saúde mais próximo se a pessoa apresentar sintomas como febre, dificuldade para respirar, tosse ou coriza, associados aos seguintes aspectos epidemiológicos: histórico de viagem em área com circulação do vírus (consulte os sites indicados no fim do texto), contato próximo caso suspeito ou confirmado laboratorialmente para COVID-19.
As medidas de prevenção para quem tiver contato próximo com eventual caso suspeito, a exemplo dos familiares desse adulto que está em isolamento domiciliar, incluem uso de máscaras, higienização das mãos e não compartilhamento de objetos de uso pessoal.
Os cuidados requeridos para os pacientes suspeitos incluem hidratação e a permanência em isolamento domiciliar ou hospitalar, sem circulação por outros locais e evitando contato com familiares e amigos, por exemplo.
“Descartamos 25 os casos suspeitos registrados em São Paulo, até o momento, mas as equipes de vigilância seguem atentas para realizar respostas rápidas e efetivas quando necessário, como fizemos diante desse novo suspeito”, salienta a diretora da Vigilância Epidemiológica, Helena Sato.
Apoio técnico
A investigação dos casos é realizada pelas secretarias municipais de saúde, com todo apoio técnico da pasta estadual. As amostras biológicas dos pacientes são colhidas pelo hospital onde foram atendidos e enviadas para análise no Instituto Adolfo Lutz.
Os exames consistem numa análise que detecte o genoma do vírus, por meio do chamado PCR (sigla em inglês que significa “Reação em cadeia da polimerase”). São feitos a partir da a coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou coleta de secreções da boca e nariz), que deve ser realizado pelo hospital que atendeu o caso suspeito e encaminhado ao laboratório de saúde pública do Estado de São Paulo.
Os resultados são comunicados pelo Lutz ao município de residência do paciente, responsável por notificar o descarte ou confirmação do caso.
Dicas de prevenção
– Cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar;
– Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
– Não compartilhar objetos de uso pessoal;
– Limpar regularmente o ambiente e mantê-lo ventilado;
– Lavar as mãos por pelo menos 20 segundos com água e sabão ou usar antisséptico de mãos à base de álcool;
– Deslocamentos não devem ser realizados enquanto a pessoa estiver doente;
– Quem for viajar aos locais com circulação do vírus deve evitar contato com pessoas doentes, animais (vivos ou mortos), e a circulação em mercados de animais e seus produtos.