Uma mulher de 24 anos, identificada como Laís Oliveira Lorena Crepaldi, e três homens foram presos, nesta quarta-feira (15), acusados de envolvimento direto no assassinato do advogado Ronaldo César Capelari, 53 anos.
As prisões foram feitas pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais), após o encontro do corpo da vítima, na noite de ontem, no bairro Água Branca, periferia de Araçatuba. O advogado estava desaparecido desde a noite de segunda-feira (13).
Conforme a polícia, os acusados mataram o advogado para roubá-lo. A menina teria sido usada como isca para atrair o advogado. Ela já o conhecia. A carteira com R$ 200 e o celular não foram localizados.
A polícia solicitou à Justiça a prisão dos quatro acusados. Durante a tarde, o juiz de direito Roberto Soares Leite, da 1ª Vara Criminal de Araçatuba decretou a prisão temporária por 30 dias dos quatro acusados.
A medida deverá ser convertida em prisão preventiva durante a instrução do inquérito policial, segundo revelaram fontes do RP10. O caso está sendo tratado como latrocínio (roubo seguido de morte) e ocultação de cadáver.
A DIG realizou uma coletiva de imprensa nesta tarde para passar detalhes sobre a investigação do caso que levou à prisão dos quatro envolvidos.
Ronaldo foi assassinado com requintes de crueldade e teve o corpo esquartejado. A polícia acredita que os autores tinham a intenção de espalhar os pedaços do corpo para dificultar a solução do caso.
No entanto, uma denúncia de que a caminhonete da vítima havia sido vista no bairro Água Branca, ainda na noite do desaparecimento, levou a Polícia Militar até uma casa na Rua Salvador Barreto de Menezes.
Por volta das 21h de ontem, a PM achou três sacos plásticos com o corpo do advogado no banheiro da casa, que estava sem ninguém.
A polícia identificou a moradora do bairro, que procurou a polícia na manhã de hoje. Inicialmente ela negou envolvimento no crime, mas depois de cair em contradição, revelou todo o esquema e apontou o envolvimento dos comparsas, todos vizinhos de bairro.
Investigadores da DIG apuraram os nomes e endereços dos outros três homens e os prenderam em casa. Dois deles já tem passagem por tráfico de drogas. Eles estão prestando depoimento e a polícia está comparando as versões apresentadas para detalhar como tudo aconteceu.
Segundo o delegado Paulo Natal, foi possível esclarecer até o momento que a moça tinha uma relação de amizade com o advogado e que o crime ocorreu na casa alugada por Laís após a chegada da vítima no local.
Conforme a polícia, o grupo pretendia roubar dinheiro, cartões e a caminhonete do advogado, que seria desmanchada. Ele teria reagido, sendo morto de forma violenta com golpes de faca, facão e machadinha.
O RP10 acompanha o caso e outras informações poderão ser publicadas a qualquer momento.