O penúltimo dia para o cadastro biométrico obrigatório, em Marília (SP), foi marcado por filas que deram duas voltas no quarteirão do cartório eleitoral e também por confusão. Segundo a Polícia Militar, um morador chegou a ser detido.
Ainda de acordo com a corporação, uma equipe foi acionada durante uma confusão entre os moradores após eles questionarem a falta do atendimento prioritário, para idosos e pessoas com deficiência, por exemplo.
No atendimento, um dos eleitores foi detido por desacato a funcionário público. Ele foi encaminhado para a delegacia da Polícia Federal em Marília, onde foi feito um boletim de averiguação de desacato a funcionário público e injúria. Após ser ouvido, o homem foi liberado.
De acordo com Karina Gomes, chefe do cartório da cidade, 1,3 mil senhas de atendimento foram distribuídas até às 10h. A capacidade de atendimento do cartório é de até 800 pessoas, mas as pessoas que receberam senhas serão atendidas.
Além da confusão por atendimento prioritário, como a fila dava duas voltas no quarteirão, houve quem tentou “furar” a fila, o que gerou mais briga.
“Nós priorizamos a distribuição de senhas para organizar o atendimento. Como fizemos o levantamento e as pessoas que tem prioridade, com idosos, era de quase 50% então não teríamos como fazer duas filas. Dessa forma estaríamos prejudicando quem chegou de madrugada, por isso foi feita a distribuição de senhas, sendo 1,3 mil até às 10 horas”, explica Karina Gomes.
Cadastramento biométrico
Mais de 30 mil eleitores ainda não fizeram o cadastramento biométrico obrigatório em Marília e o prazo termina nesta quinta-feira (19) na cidade e em outros 41 municípios do Centro-Oeste Paulista.
Os cartórios funcionam das 9h às 18h e não podem fazer hora extra. Os moradores dos municípios onde o cadastro é obrigatório deverão atualizar o título para obter a biometria, ferramenta que identifica o votante por meio de impressão digital. Somente com esta atualização será possível votar.
Quem não fizer o cadastramento obrigatório, terá o título de eleitor cancelado e restrições na vida civil, como não obter passaporte, tomar posse em concursos públicos, fazer empréstimos em bancos públicos e matrículas sem instituições de ensino.