Após ser alçado à presidência provisória do PSL (Partido Social Liberal) em Araçatuba, o jornalista e advogado Iranilson Silva já anunciou que irá migrar para o Aliança pelo Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro pretende criar nos próximos dias, após anunciar sua saída do PSL, na última terça-feira (12).
Silva já havia afirmado que acompanharia os passos de Bolsonaro e disse que tem intenção de liderar o movimento pela coleta de assinaturas em Araçatuba para o registro do Aliança no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Estava difícil o entendimento entre os grupos de Luciano Bivar e de Bolsonaro. Era necessário desatar esse nó”, afirmou Silva, que disse ter dezenas de nomes, perto de cem pessoas de Araçatuba, que manifestaram interesse em se filiar no novo partido.
Conforme Silva, uma comissão trabalha na criação do estatuto do Aliança pelo Brasil, o que deve ser finalizado na próxima quarta-feira (20). Depois disso, será escolhido um diretório nacional provisório, que deverá ter como presidente o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) ou o deputado federal Luiz Phillippe de Orleans e Bragança (PSL-SP), herdeiro da família real brasileira e também chamado de príncipe.
“Não gostaria que fosse o Flávio Bolsonaro porque ele levará o Queiroz junto com ele para o partido”, disse Silva, numa referência às investigações envolvendo o senador e seu ex-assessor, Fabrício Queiroz, por crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa em um esquema de rachadinha em seu gabinete na Assembleia do Rio, quando era deputado estadual.
Após o registro do novo partido no cartório de títulos e documentos com a assinatura de pelo menos 101 membros, de nove estados da federação, para que o Aliança pelo Brasil tenha personalidade jurídica, deverá ser realizada, na quinta-feira (21), uma convenção nacional, com a presença de lideranças, para a apresentação do diretório nacional. Silva disse que pretende participar do evento.
Para que a Justiça Eleitoral autorize a criação e reconheça o Aliança pelo Brasil são necessárias perto de 500 mil assinaturas. Uma preocupação do jornalista e advogado é que a legislação não permite coletar estas assinaturas por meio digital, como chegou a cogitar o presidente Jair Bolsonaro. “Por garantia, as assinaturas devem ser colhidas no papel”, defendeu Silva.